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Carta de Salvador propõe volta da CPMF
O presidente nacional do PT, Rui Falcão informou, na quinta-feira, 11, que a tese proposta pela chapa majoritária da legenda – e que tem o poio do ex-presidente Lula – foi aprovada por maioria e servirá de base para a resolução que sairá do 5º Congresso do partido, neste sábado, 13.
A Carta de Salvador , portanto, trará críticas mais brandas à política econômica e vai propor a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) — que iria para a Saúde – e uma nova política de alianças mais à esquerda, já para as eleições de 2016.
Rui Falcão disse que o PT se reafirmará como um partido de esquerda, mais socialista, e que, em relação à economia, vai defender mudanças no sistema tributário, “que é injusto, regressivo e concentrador”.
“Precisamos reviver a CPMF que é um imposto limpo, não cumulativo e transparente, o que permite deixar clara todas as transações bancárias”, entende Falcão. Ele avalia que para retomar investimentos são necessários investir em infraestrutura, assim como para manter programas sociais, avançar na distribuição de renda, gerar emprego, é preciso mudar as alíquotas do Imposto de Renda, regulamentar o imposto sobre grandes fortunas e instituir o imposto sobre grandes heranças. O presidente do PT disse considerar “vital” que o peso das contas públicas “recaia sobre quem mais tem condições de arcar com o custo do ajuste”.
Financiamento
O PT, porém, preferiu adiar um posicionamento sobre o financiamento empresarial nas campanhas. O veto das empresas às doações do partido, aprovado em abril , estava previsto para ser referendado neste congresso.
Mas Falcão explicou que o partido só deve votar a questão na próxima reunião do diretório. Segundo o dirigente, ainda há dúvidas sobre a constitucionalidade do financiamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e sobre a reforma política, aprovada em primeira votação na Câmara dos Deputados, e que instituiu o financiamento empresarial.
O ex-governador da Bahia e hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner, tem sido uma voz isolada no PT a se posicionar abertamente contra o veto do PT.
“O PT não pode se colocar acima dos outros partidos e não aceitar doações de empresas”, disse o ministro, defendendo que o partido aceite doações privadas enquanto a regra não for mudada.
Indagado se o Congresso do PT estaria preparando a candidatura do ex-presidente Lula para 2018, Falcão negou que o assunto estivesse em pauta. “O Lula não está pondo a candidatura dele agora. Há uma aspiração no PT e na sociedade para que haja um retorno do Lula”, afirmou Falcão. A Tarde