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Temos lagos
Poderíamos ter escrito, para os leitores cultos e ligados do site, habemus lacus, temos lagos em latim. Como o cardeal camerlengo anuncia habemus papam após a eleição de um novo papa – e o mundo católico aliviado aplaude -, anunciamos, como está nos sites da cidade, as expressões latinas devidamente em itálico, que já temos alguns dos nossos lagos cheios. Parabéns de peito cheio para os sensíveis responsáveis pela limpeza do sistema de lagos muito bem sonhado, projetado e realizado pelo Dr. Amaury Menezes.
Não creio que alguém discorde que Paulo Afonso é um patrimônio que merece – e talvez dependa de – a nossa mais furiosa defesa. Olhando para a história do município e região, tão bem registrada por escritores dedicados como Euclides Batista, podemos deduzir a força de vontade e a resistência aos dizedores de não dos nossos pioneiros. Mais adiante alguém de peso também vai nos louvar; vai louvar gestores, editores, escritores, colunistas e cidadãos honrados que uns poucos descomprometidos inocentes muitas vezes procuram atingir. Uma oposiçãozinha contínua tem que haver para podar a tentação da vaidade, mas vale a pena o nosso louvor para todos esses citados.
Habemus lacus, senhores gestores. Queremos, mais adiante, voltar aqui e de novo bradar: habemus pisces (temos peixes). Que os gestores não nos considerem chatos, rabugentos ou ingratos. É muito compensador ver os impostos voltando em forma de bem-estar. Queremos, mais ainda, é ver pisces in lacubus, isto é, peixes nos lagos. Nós nos declaramos insaciáveis na ânsia de crescer. Pronto. Cremos ter eliminado o perigo da chatice. Só nos falta acrescentar aquilo que a maioria de nós preza: a praticidade e o pragmatismo do esforço realizado até agora. Peixes, camarões, pitu, tudo víamos nos lagos de Paulo Afonso quando estavam cheios. A turma fazia a festa. A festa dos pescadores era certamente a nossa festa.
Francisco Nery Júnior