Dilma pede agilidade no corte de gastos antes de aumentar impostos

 Dilma pede agilidade no corte de gastos antes de aumentar impostos

40lajbr9ujqkdwzdfoqm2kh5vA presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência da coordenação política do governo com objetivo de unificar o discurso dos ministros e dar o tom de como enfrentar as dificuldades na economia. Um dia depois da divulgação do rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard & Poor’s, a presidente pediu aos ministros mais agilidade para cortar gastos.

Na reunião, o governo decidiu que já começará a anunciar os primeiros cortes da reforma administrativa, anunciada há algumas semanas. O governo não vai esperar para fechar um pacote de cortes nos ministérios. A orientação da presidente é que, na medida em que os cortes forem definidos, possam ser divulgados.

O objetivo da presidente é também acalmar o mercado. Para isso, escalou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para dar entrevista na tarde de quinta-feira, após a reunião, que conta com a presença do vice-presidente Michel Temer, sete ministros e com os líderes do governo no Senado, na Câmara e no Congresso.

A estratégia a ser adotada pelo governo para tentar reverter as expectativas pessimistas é mostrar à população que está trabalhando e disposto a diminuir cada vez mais os gastos. Durante a reunião, a presidente deixou claro que o governo vai adotar a linha de primeiro cortar, ao máximo, os gastos e só depois começar a trabalhar possíveis aumentos de impostos.

O vice-presidente Michel Temer, durante o encontro que ainda acontece, no Palácio do Planalto, elogiou a decisão da presidente de adotar a estratégia de primeiro dar o exemplo, priorizando o corte de gastos.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi na mesma linha, acrescentando que também é necessário, além de cortar, verificar a qualidade do gasto público. Para isso, Levy sugeriu que o governo faça um pente fino nos programas sociais, com o objetivo de identificar possíveis desvios ou fraudes.

Ao se discutir o rebaixamento da nota do Brasil anunciado pela Standard & poor’s, a presidente Dilma Rousseff fez questão de dar o tom da reação do governo. A ordem dada por Dilma aos ministros é não minimizar os efeitos negativos desse episódio. O seja, os ministros foram orientados a reconhecer a gravidade e mostrar que estão empenhados em adotar medidas emergentes para reverter este quadro.

Por Luciana Lima -iG São Paulo

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