Três satisfações, três alegrias

A primeira alegria de hoje – devemos esquecer as tristezas – foi ver Galdino bem. Visitei-o e, como esperava, eu o encontrei bem. Professor Galdino nos deu um susto, que ele não teve, como bem me descreveu. Amamos todos Galdino. Que sempre acrescenta. Que vibra e torce. Que só faz bem a Paulo Afonso.

A segunda alegria, depois da primeira, foi passar pelo novo posto de gasolina da ilha, entrar e ser recebido por ex-alunos agora membros da equipe do posto. Me receberam muito bem. Um deles até falou inglês comigo. A alegria não foi apenas ter sido recebido por cidadãos agora formados  engajados no processo de produção e desenvolvimento. Muito mais do que isto, foi vê-los, como aliás nos outros postos, dando o melhor de si para bem servir. Provaram que não somente em Paris o cliente é bem servido.

A terceira foi ver ver um tuk-tuk em atividade em uma das nossas ruas. Em Lisboa, eles existem há algum tempo. Em Paris, são motos que têm cobertura. Para os parisienses, contra a chuva. Para nós, poderia ser contra o sol.

Os tuk-tuks poderiam ter chegado há mais tempo. Cidade pequena, veículo pequeno. País em crise econômica, veículos que consomem pouco combustível. Se houvesse um planejamento nacional adequado, se os grandes interesses não interviessem, mobilidade urbana  nas cidades de pequeno porte seria deslocamento em pequenos veículos.

Em Amsterdam, bicicletas em profusão. Os holandeses, como os chineses quando ainda puros, se deslocam em bicicletas, embora tenham à disposição um sistema de ônibus, trens e barcos que beira a perfeição. Amsterdam é uma grande ciclovia.

Então, Galdino bem (em Galdino sintetizamos todos nós), pessoal melhor treinado para servir ao cidadão e tuk-tuks simpáticos, ágeis e baratos, vamos nos aproximando do que vemos nos países desenvolvidos. Sempre vale a pena lembrar que os cidadãos desses países não são melhores do que nós em essência. Questão de tempo.

Francisco Nery Júnior