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Governo federal quer mais dinheiro na praça para tirar o país da recessão

Diante de um conselho de notáveis de diversas áreas, que nunca funcionou na prática e andava meio esquecido, o governo propôs na quinta-feira (28) mais crédito, mais impostos e algumas reformas, das quais depende do Congresso, como promessas para tirar o país da recessão.
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa destacou a necessidade de equilibrar as contas públicas e diminuir a trajetória da dívida pública. Ele disse que o governo vai propor um teto legal para o crescimento dos gastos da União, não falou qual será esse limite, mas disse que vai encaminhar a proposta ao Congresso ainda este semestre.
PACOTE DE CRÉDITO
Mas, de concreto, o que houve foi o anúncio de R$ 83 bilhões via bancos oficiais e também com recursos do FGTS para fazer a economia voltar a andar. Foram sete pontos principais:
– R$ 10 bilhões para produção agrícola;
– R$ 10 bilhões para financiamento imobiliário;
– R$ 22 bilhões para infraestrutura;
– R$ 5 bilhões para capital de giro para pequenas empresas via BNDES;
– R$ 4 bilhões para exportadores, também via BNDES;
– R$ 15 bilhões para refinanciamentos de dívidas de empresas com máquinas e equipamentos;
– e uma estimativa de R$ 17 bilhões de liberação para crédito consignado usando o FGTS como garantia.
Essa proposta de permitir que parte do FGTS seja usada pelos empregados da iniciativa privada precisa passar ainda pelo conselho curador do fundo e pela aprovação do Congresso Nacional.
O argumento do governo é que se esse dinheiro servir como garantia de empréstimos, os bancos vão baixar a taxa de juros para os empregados das empresas privadas. Tudo isso ainda é muito controverso. Há receio de que o trabalhador que já está numa situação difícil, cheio de dívidas aumente ainda mais o endividamento e, no caso de demissão, ainda fique sem parte do dinheiro do FGTS.
“Para que a gente possa estabilizar e depois recuperar a economia mais rapidamente é preciso normalizar as condições de crédito no Brasil. Isso envolve várias iniciativas, todas elas sem gerar custo adicional para a União. Então a proposta é permitir que o trabalhador possa oferecer como garantia em uma operação de crédito consignado a multa rescisória, aquela multa de 40% no caso de demissão sem justa causa, e até 10% dos seus depósitos no FGTS”, declara Nelson Barbosa, ministro da Fazenda. gi.globo.com