Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Jaques Wagner vê ‘obsessão’ para se ‘contaminar’ imagem de Lula
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou na noite desta quarta-feira (27) em Brasília, acreditar que existe uma “obsessão” que é difundida de modo a “contaminar” a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Ministério Público de São Paulo investiga se o ex-presidente ocultou patrimônio em razão de um apartamento triplex, em Guarujá, no litoral de São Paulo, que teria sido cedido à familia dele pela construtora OAS, investigada na Lava Jato. Segundo o jornal “O Globo”, o apartamento foi reformado para a família de Lula pela OAS.
“Eu acho que há uma certa obsessão que acaba se difundindo, como se toda operação tivesse o objetivo, e a gente tem testemunhos de pessoas, inquéritos, depoimentos… Que sempre se busca a tentativa de contaminar o presidente Lula”, disse o ministro.
Em depoimento ao MP de São Paulo no ano passado, dois funcionários do condomínio Solaris, onde está localizado o triplex que supostamente teria sido cedido à família de Lula, afirmaram que viram o ex-presidente e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia, visitando a reforma do imóvel. A investigação do MP paulista é independente da Operação Lava Jato.
Na noite desta quarta-feira, a página de Lula no Facebook publicou uma nota na qual manifesta repúdio a uma suposta tentativa de envolvê-lo em ilícitos investigados pela Operação Lava Jato. “Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal”, diz a nota. O texto destaca que Lula não foi mencionado em decisão do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná e responsável pela Lava Jato na primeira instância do Judiciário.
“O ex-presidente Lula não foi sequer citado na decisão do juiz Sérgio Moro e repudia qualquer tentativa de envolver seu nome em atos ilícitos investigados na chamada Operação Lava Jato.”
Pela manhã desta quarta, a Polícia Federal cumpriu a 22ª fase da Lava Jato em São Paulo e em Santa Catarina. A nova etapa das investigações mira apartamentos da empreiteira OAS que, segundo investigações, podem ter sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção da Petrobras.
A suspeita é de que offshores (empresas no exterior) foram abertas e apartamentos no Condomínio Solaris foram comprados para lavar dinheiro do esquema de corrupção na estatal. A empresa Mossack Fonseca, sediada no Panamá, é investigada por abrir uma offshore (Murray Holdings) que assumiu a propriedade de um dos imóveis para esconder os reais donos.
Do G1, em Brasília