Entrevista com o Major Felipe Rosa Barroso Magno, comandante da 1ª Companhia

 Entrevista com o  Major Felipe Rosa Barroso Magno, comandante da 1ª Companhia

“Tenho vinte anos no Exército, entrei com 16 anos, ainda na escola de oficiais, tenho grande orgulho de ser do Exército, porque nós temos nossa missão, mas somos guiados pelos nossos valores, ressaltados diariamente: amor à pátria, camaradagem e educação, somos a família militar, deixamos interesses particulares pelos nossos interesses em comum”, Major Felipe Rosa Barroso Magno, comandante da 1ª Companhia.Major Felipe Rosa

O Exército Brasileiro está em Paulo Afonso, com a 1ª Companhia de Infantaria há 61 anos. Chegou e zela por nossas fronteiras, de tal sorte que o respeito pelo Exército não se restringe à cidade, é um sentimento comum aos cidadãos brasileiros, por ser uma das instituições que gozam de mais prestígio junto à opinião pública, é bom que se registre.

Não só pelo amor incondicional à Pátria, à manutenção da lei e da ordem – que cumprem às Forças Armadas, mas principalmente, pela contribuição social quando solicitado e pela referência que é para o jovem de conduta moral. Ser soldado, por isso mesmo é um sacerdócio, e não um emprego.

“Estamos 24 horas de prontidão, a qualquer momento que nos acionarem estaremos lá”, inicia a conversa, o major Felipe Magno. O sangue desses homens não é vermelho, e sim verde-oliva. O major fala orgulhoso do tom da farda do melhor Exército da América Latina.

Major Felipe Rosa Barroso Magno esclarece sobre a missão do Exército:

“Nós também temos além dessas de manter a soberania nacional, a lei e a ordem, as ações subsidiárias: cooperar com a defesa civil e promover o desenvolvimento nacional em tempo de paz”.

Segundo explicou o major a “Operação carros-pipas” é uma das maiores ações subsidiárias do Exercito na região. “É uma missão conjunta entre Ministério da Defesa e da Integração Nacional, cabendo ao Exército fiscalizar, checar o local e coordenar”.

Lembrando que o Exército só vai agir depois de decretada a urgência de água pelo município. “Nos cabe coordenar esse trabalho na contratação dos pipeiros, checar a qualidade da água, da cisterna que precisa está limpa para não haver contaminação, a prefeitura participa também”.

Neste período seco, por exemplo, a cidade de Glória foi atendida. “Nós iremos fazer um trabalho também em Santa Brígida, mas também fazemos em municípios de outros estados: Jatobá e Petrolândia, que ficam em Pernambuco”.

Projetos sociais no Exército

“Temos a nossa banda de música, consultamos a Secretaria de Educação, porque são crianças que vêm aqui para aprender música, e nosso critério é que precisam ser carentes e estarem dentro da rede municipal, até 15 anos. Iniciamos ano passado e este ano de forma mais efetiva”.

Qual é a disponibilidade do Exército para ajudar as instituições?

“Nós vemos dentro das nossas possibilidades, aquilo que estiver dentro da minha jurisdição vou fazer, temos limitações de recursos, conseguimos para este ano um recurso – também em parceria entre as Forças Armadas e o Ministério dos Esportes – e vamos promover esportes para 100 crianças: natação, vôlei e futebol, dentro desses critérios já apontados”.

Tem-se a impressão que o Exército ainda é fechado para as mulheres, digo, quando seremos combatentes?

“Temos a parte administrativa e a operacional. A partir de 2017, teremos a primeira turma de mulheres no ensino bélico, serão sargentos, combatentes.

É verdade que no treinamento se come carne crua?, ficar sem dormir?, essas coisas que falam? Em outros órgãos como a Marinha e a própria polícia, já vimos pessoas morrerem por não resistirem aos treinamentos?

“Eu começo dizendo que é uma atividade de risco. Como há em várias outras, é passível de acontecer um acidente e a pessoa falecer. como você está lembrando. Mas temos mecanismos para evitar isto. Temos as normas, várias portarias, teremos inclusive esta semana, um oficial escalado dentro do quartel que ministrará uma palestra sobre prevenção de acidentes, analisará todas as instruções e o plano de segurança”.

O major lembrou ainda que, muitos jovens têm o desejo de entrar no Exército, mas são dispensados porque não têm as condições de saúde e físicas necessárias.

Ao terminar a entrevista major Felipe Magno mostrou troféus que a 1º Companhia conquistou por ser parceira de projetos como o Carranca Baot, que leva crianças pobres de Paulo Afonso para remar. De longe não disfarçava certo orgulho em ver os recrutas enfileirados: brancos, pretos e índios, na mesma condição.

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