Troca de ministros gera dúvida sobre investigações da Operação Lava Jato

 Troca de ministros gera dúvida sobre investigações da Operação Lava Jato

eduardo cardoso

Saída de José Eduardo Cardozo do comando do Ministério da Justiça provocou repercussão em Brasília em relação às implicações na Lava Jato.

Como vão andar as investigações afinal, quem vai mandar ou não na Polícia Federal? A Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça.
Depende de dinheiro público para tocar as investigações, mas a PF tem um histórico de autonomia que dificilmente será comprometido.

Conta também com a parceria do Ministério Público e, no caso específico da Lava Jato, com a visibilidade e a força política do juiz Sérgio Moro. Pode até haver pressão, mas com certeza Dilma estará mais ainda nos holofotes da oposição quando o assunto for Polícia Federal. Se algo der errado na PF, o PT pode receber críticas, mas o peso político vai recair sobre Dilma.

“É uma pressão explícita. Meia dúzia de petistas se reuniu, em qualquer circunstância, falavam mal do ministro da Justiça. As pessoas influentes no PT, a começar pelo presidente Lula, falavam que o ministro da Justiça estava sendo frouxo, deixando a Polícia Federal correr solta, como se não houvesse instituições no Brasil”, declara o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP).

“Qualquer ministro que entre no Ministério da Justiça vai ter que ter o posicionamento ‘Zé Eduardo’. A Polícia Federal tem autonomia, inclusive, para seus delegados instaurarem inquéritos sem avisar à direção da PF e isso foi permitido no governo do presidente Lula, inclusive porque antes não era assim”, diz a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR).

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