Brasília tem segurança reforçada para votação do impeachment na Câmara

 Brasília tem segurança reforçada para votação do impeachment na Câmara

A Polícia Militar do Distrito Federal estima que 300 mil manifestantes vão passar pela Esplanada dos Ministérios até domingo (17) para acompanhar a votação da abertura ou não do processo de impeachment na Câmara. O reforço na segurança começou nesta sexta-feira (15).

O esquema de segurança bloqueou o acesso de manifestantes ao gramado do Congresso. Está tudo cercado. O trânsito foi interditado a partir da entrada da Esplanada. As seis pistas de cada lado vão ficar assim até o fim da votação: os motoristas só podem circular e estacionar nas ruas paralelas.

Manifestantes a favor e contra o impeachment vão ficar separados. Um lado da Esplanada está reservado para os movimentos que defendem a saída da presidente Dilma Rousseff.  Outro, para quem é contra.

Ao longo do gramado central foram instaladas três cercas. Uma, bem no meio, para que um lado não veja o que está acontecendo do outro. As outras duas correm paralelas a uma barreira.

São 80 metros de distância. Segundo a polícia, é uma forma de evitar confrontos entre os dois grupos. Há uma área em que só os policiais vão circular. Os manifestantes não poderão usar máscaras. E os bonecos infláveis gigantes, que marcaram as últimas manifestações, desta vez não vão entrar na Esplanada, assim como garrafas, bandeiras com hastes e objetos cortantes.

A Polícia Militar disse que investiu forte em prevenção para evitar confrontos. Por dia Três mil policiais militares vão trabalhar na Esplanada.

“Nós nunca tivemos, diga-se passagem, um cenário como esse, com dois grupos antagônicos ocupando o mesmo espaço”, analisa o chefe do Departamento Operacional da PM, coronel Alexandre Sérgio.

Os manifestantes de fora que estão acampados também ocupam áreas separadas. Quem é a favor do impeachment fica em um parque. Quem é contra, está no estacionamento do estádio nacional Mané Garrincha.

Todo esse esquema foi criticado pelo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que é contra a separação. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse que o ministro sabia do esquema e não propôs mudanças.

Nesta sexta, a Polícia Militar informou que apreendeu com manifestantes do MST 15 facões, um tijolo, canos e uma garrafa. O material estava em quatro ônibus que chegavam à cidade.

O MST disse que eram ferramentas de trabalho usadas em intervenções teatrais.

Em meio à disputa política, o seu Edmar vê uma chance de faturar um dinheiro extra vendendo água gelada para os dois lados.

“Prá refrescar a cuca do pessoal”, disse ele.

G1

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