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Padilha diz que, se Dilma for afastada, Temer anuncia ministros nesta quinta
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O ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha afirmou na noite de quarta-feira (11) que, se o Senado aprovar abrir processo de impeachment e afastar Dilma por 180 dias, o vice-presidente Michel Temer fará um pronunciamento nesta quinta-feira e anunciará o novo ministério. Ele também deverá comandar uma reunião com o primeiro escalão da Esplanada. Padilha falou com a imprensa após reunião com Temer no Palácio do Planalto.
Padilha é um dos principais conselheiros políticos de Temer. Atual segundo-vice-presidente do PMDB, o ex-ministro é cotado, segundo assessores do vice, para comandar a Casa Civil caso Temer passe a ser o presidente da República em exercício.
“Vamos trabalhar agora à noite para concluir todos os atos que dizem respeito à posse dos novos ministros hoje[quinta, 12] se o Senado aprovar [o impeachment de Dilma]. Não tem solenidade, mas terá uma reunião de trabalho, a primeira reunião ministerial [do novo governo] que o presidente dará posse. E ele [Temer] falará com a imprensa amanhã no Planalto”, declarou Eliseu Padilha ao deixar o prédio anexo ao Palácio do Planalto.
Ao longo de quarta-feira, Temer dedicou sua agenda a uma série de encontros com aliados no Palácio do Jaburu, residência oficial. Por volta das 21h, ele se dirigiu ao Planalto e continuou recebendo conselheiros, como o próprio Padilha e o presidente do PMDB-BA, Geddel Vieira Lima, que pode assumir a Secretaria de Governo caso Temer assuma a presidência.
Assim como Padilha, Geddel falou com a imprensa ao deixar o gabinete de Temer. Segundo o ex-vice-presidente da Caixa Econômica, os aliados do vice-presidente estão “muito preocupados” com notícias de que o atual governo está deixando os ministérios em “terras arrasadas”.
“Estamos muito preocupados com as notícias de que o atual governo está deixando as terras arrasadas nos ministérios. Então, agora, é preparar as equipes e começar a discutir para que, com o Senado confirmando o afastamento da presidente, possamos começar a trabalhar”, declarou.
De acordo com assessores do Planalto, o chefe de gabinete de Dilma, Jaques Wagner, pediu na quarta-feira a todos os ministros que elaborassem relatórios sobre o andamento dos programas de cada pasta. Além disso, Wagner solicitou que designassem funcionários para fazer a transição.
À imprensa, Geddel Vieira Lima disse também que, se Temer assumir a Presidência, será preciso “mergulhar a equipe” para que o governo comece a próxima semana com as “mínimas condições de trabalho”.
“Ninguém quer política de ocupação, ninguém quer política de revanchismo. Queremos fazer com que as coisas corram na maior naturalidade possível. Mas, se não for possível, vamos nos virar para fazer isso acontecer da melhor forma possível”, acrescentou.