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Laboratório móvel mapeará ação do Zika em capitais do Nordeste
Resultado de uma parceria entre o Fiocruz Bahia, Instituto Evandro Chagas, Ministério da Saúde e universidades do Reino Unido, Canadá e Austrália, um laboratório móvel do projeto pioneiro Zika in Brasil Real Time Analysis (ZIBRA) – Zika Brasil mapeará o comportamento do vírus zika em capitais do Nordeste. O laboratório móvel chega a Salvador na próxima quarta-feira (15). A pesquisa busca analisar o genoma do vírus zika para realizar pesquisa sobre epidemiologia molecular do vírus zika, buscando determinar a origem, sua diversidade genética, e seus aspectos epidemiológicos. Os pesquisadores iniciaram a viagem no dia 03 de junho em Natal, Rio Grande do Norte e agora está em João Pessoa. Da Paraíba, o laboratório segue para Recife, Aracaju e Feira de Santana antes de chegar à Salvador. Os pesquisadores viajam em um laboratório adaptado em um ônibus. O projeto pretende sequenciar 750 cepas do Zika, levando em consideração os fatores geográficos e regionais da área do país mais afetada pela doença. Amostras históricas e de pacientes com diferentes apresentações clínicas também serão incluídas na pesquisa. A meta dos pesquisadores é identificar como e quando o Zika foi introduzido no país, além de apontar “o padrão e determinantes da disseminação por todo o país e localidades vizinhas, a extensão da diversidade genética (de importância para a vacina e design de diagnóstico), e se existem associações entre as mudanças no genoma do vírus e a probabilidade de complicações ZIKV como microcefalia”. Luiz Alcântara, pesquisador da Fiocruz Bahia, explicou que o vírus encontrado no Brasil guarda diferenças entre o encontrado na Ásia. “O projeto é importante não só para a geração de novas sequências do vírus zika, mas também para identificarmos a necessidade de melhor orientação no diagnóstico molecular. Nos Laboratórios Centrais (Lacens), que passamos até o momento, o número de amostras positivas não passavam de 1% no universo já analisado. Nós estamos tendo em torno de 10%, confirmados pelo sequenciamento imediato”, avaliou Alcântara.