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Militares vão integrar missão de paz no Haiti
Nesta segunda-feira, 28, a psicóloga Renata Vasconcelos, de 38 anos, vai realizar o que considera o seu maior sonho pessoal e profissional: vai ao Haiti como parte do 25º Contingente Brasileiro em missão de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ela é a única mulher em um grupo de 30 militares da Bahia que vai auxiliar na segurança da população do país, considerado um dos mais pobres do mundo, e que sofreu sucessivas guerras civis, além de desastres naturais.
A tropa foi homenageada, na manhã desta sexta, 25, em uma solenidade realizada no 6º Batalhão de Polícia do Exército (BPE), na avenida Paralela, para marcar a despedida da equipe, que deve permanecer no Haiti por até dez meses.
Antes de embarcar para o país, o grupo vai se juntar aos demais integrantes do Exército brasileiro, em Recife (PE). “É uma grande honra para o estado poder enviar profissionais qualificados para uma missão tão importante. Esse é o 12º ano que o país lidera a missão de paz no Haiti por meio do Comando do Exército Brasileiro. Estamos muito orgulhosos”, afirmou o comandante da 6ª Região Militar, o general Joarez Alves Pereira Júnior.
Preparação
Os militares escolhidos para compor a missão de paz passaram por nove meses de atividades entre seleção, realização de exames de saúde, testes físicos, instruções, acompanhamentos médico e medidas administrativas.
A preparação contou, ainda, com o Estágio de Comandante de Subunidade e de Pelotão para os Oficiais, além de treinamentos realizados por meio dos Exercícios Básicos e Avançado de Operações de Paz.
De acordo com o comandante Joarez Alves, o grupo, formado por militares com idades entre 20 e 50 anos, e seus familiares passaram ainda por acompanhamento psicológico. “É importante que todos estejam bem preparados para a realidade local e para a falta da família e dos amigos”, disse.
E é justamente este desafio que a psicóloga Renata Vasconcelos vai encarar durante a permanência no país. “Minha função é atuar como psicóloga e ajudar os colegas durante a missão”, contou, orgulhosa.
Para o tenente Diego Peralva, 28, a missão representa o maior desafio de sua carreira como militar: “Ingressei no Exército aos 17 anos e, nos últimos seis meses, venho me dedicando ao treinamento, o que já foi um grande aprendizado. Tenho certeza de que essa será a experiência mais importante da minha carreira”.
A esposa do tenente, Claisa Peralva, 28, está disposta a controlar a saudade em nome do sonho do marido. “Estou segura de que ele vai desempenhar um bom trabalho. Vamos, sim, sentir saudades, mas sei que esse é o sonho dele, então vamos ficar aqui torcendo pelo sucesso da missão”, disse.
Da redação.