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Bell descarta crise no axé e ‘ditadura’ do politicamente correto
Bell Marques chegou à coletiva de imprensa do Réveillon Salvador 2017 como de costume: bandana no cabelo e sorriso no rosto. O cantor, o quarto a se apresentar no evento na quarta-feira (28), descartou que haja crise no axé e defendeu a pluralidade de gêneros musicais no carnaval soteropolitano. “Quanto mais abrimos espaços para o que vem, melhor. Quando não quiserem vir, aí sim temos um problema”, brincou. Sobre a possível decadência, Bell não hesitou: “Não vivemos uma crise”.
No Carnaval deste ano, Bell provocou polêmica ao trazer a composição de Filipe Escandurras, “Minha Deusa (Cabelo de Chapinha”). Apesar das críticas, quando questionado pelo bahia.ba se ele enxerga o surgimento de uma “patrulha” do politicamente correto, o ex-Chiclete com Banana descartou a possibilidade.
“Metade da população concordou que a música não denigria a imagem de ninguém. Houve um momento em que chamei Filipe para conversar e tirar essa ‘sombra’ que pairava sob a canção. Fiz isso porque canto pela alegria e não queria ver ninguém infeliz com a música”, disse. Vale lembrar que a faixa passou por reformulações após ser taxada de preconceituosa.
Bell falou, ainda, sobre o sucesso de “Me Libera, Nega”, de Ítalo Gonçalves. “Já falei com a minha produção que quero fazer algo com ele. Ficarei feliz se pudermos fazer algo juntos. As vezes, uma oportunidade, um abraço, muda a vida de alguém”, falou, em menção à história da composição que foi entoada, pela primeira vez, num carro de polícia durante a apreensão do compositor, acusado de roubo.
Acerca do repertório de quarta, o cantor não fez mistério: “Será uma mistura do CD Fênix, músicas antigas e inéditas”. Bell cumpriu o prometido e iniciou a apresentação com a clássica “Selva Branca”.