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Satélite: documentos ligam membros do PP baiano ao duto de propina da Petrobras
Documentos apreendidos pela força-tarefa da Lava Jato ligam diretamente dois cardeais do PP baiano ao duto de propina alimentado por contratos com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Após buscas realizadas na Bahia e no Distrito Federal, a PF identificou depósitos suspeitos na conta conjunta mantida no Banco do Brasil pelo ex-ministro Mario Negromonte, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, e seu filho, o deputado federal Mario Júnior. Parte do material estava em endereços de nomes bastante próximos aos pepistas: Tiago Cavalcanti, sobrinho da mulher de Negromonte, e Hugo Hareng Quirino, assessor parlamentar de Mario Júnior. Ambos são apontados por delatores como responsáveis por receber repasses em dinheiro do doleiro Alberto Youssef.
Pontas atadas
No total, a Lava Jato rastreou nas contas de Tiago e Hugo 285 operações bancárias entre 2006 a 2014, cujo montante – cerca de R$ 850 mil – os investigadores consideram incompatível com a renda declarada pelos dois. Foram detectadas também 37 transferências feitas por Tiago para a conta conjunta dos Negromonte. Em nova ação de improbidade administrativa movida contra a cúpula do PP, o Ministério Público Federal do Paraná cita ainda depósitos para familiares dos políticos e pagamentos de despesas pessoais.
Jairo Costa Júnior, com Luan Santos (jairo.junior@redebahia.com.br)
04/05/2017 07:38:00
Atualizado em 04/05/2017 07:47:21