Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Visita Pastoral: bispo visita doentes e jovens se comprometem em seguir seus passos. ‘No próximo mês somos nós’
No 2ª dia da Visita Pastoral, no município de Coronel João Sá-BA, o bispo dom Guido Zendron teve uma grata surpresa: a certeza de que não está sozinho entre as pessoas que reconhecem a grandeza de amar e servir ao próximo no momento mais delicado da vida, quando se tem o limite da doença.
Na sexta-feira 22, eram três povoados: Ilha de São José, Caldeirão de Cima e Gasparino. Neste último às 19 horas estava marcada a celebração da Crisma para alguns jovens, porém, antes alguns deles quiseram acompanhar o bispo pelas casas dos idosos e doentes.
Pessoas que eles sabem que vivem ali, alguns conhecem bem, mas que de repente descobriram que podem tornar a vida deles, por alguns momentos mais leve, com apenas uma visita, uma conversa, uma atenção.
Apenas colocando um pouco de ternura num gesto, como o de ir ao encontro. ‘A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida’, estavam eles lá: meninos, meninas, jovens, adultos, alguns emocionados, mas cantando, rezando. “Não tiro o valor da missa, porque nela nos alimentamos, mas este tipo de circunstância educa mais que qualquer outra coisa que possamos tentar”, disse o bispo avaliando depois o momento.
Na casa de Emanoel, rapaz que não fala nem anda, preso à cama ou à rede, a mãe chorou muito os receber os meninos em casa. “Ele gosta muito de carinho e de ver gente, por isso trazemos sempre ele na sala para que escute o barulho de vocês passando na rua”, disse.
Quer na visita ao casal Maria e Jacinto, ambos com 99 anos, na Ilha de São José, e nas demais casas até agora, só um caso chamou atenção de dom Guido pelo descuido: um senhor que tem diabetes e vive só, sentindo dores nas pernas, ao entrarmos ele olhando o bispo perguntou logo se era o médico? Nos demais casos a feliz constatação que os idosos e doentes no interior são bem cuidados, quer pela família quer pelos responsáveis.
O mínimo de caridade que muda a vida
“Eu reconheço que a amizade com Jesus me ajuda a viver a vida com outro sentido; a me colocar diante da realidade não de qualquer jeito, mas colocando a verdade. O que falta hoje na vida cotidiana é colocar o que corresponde à verdade, o que realiza este desejo profundo de felicidade que todos nós carregamos? quem seguia Jesus começava a perceber que a vida com ele era diferente, via que estando com ele o coração mudava. Quem hoje participou das visitas ao doentes certamente mais tarde vai dormir de uma forma diferente, porque deu para ver como um mínimo de gesto de caridade, como viver minimamente o caminho de Jesus muda o mundo. Ver crianças e jovens visitar os doentes e começar a chorar e o doente também chorar de alegria, uma coisa tão simples, mas que não conseguimos fazê-la, ou fazemos de vez em quando, por isso Jesus renova a faça da terra do coração de vocês se pelo menos fizerem isto uma vez por mês, porque uma vez que eu me sinto renovado não posso pensar só em mim. O cristianismo é uma modalidade nova de vivermos as coisas de todos os dias.”
Pascom