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Educação inclusiva é debatida durante congresso em Feira de Santana
Cerca de mil participantes, entre educadores, estudantes, pais de alunos e pesquisadores baianos e de outros estados do país estão discutindo a Educação Inclusiva no contexto das diferenças e da diversidade humana, no 5º Congresso Baiano de Educação Inclusiva (CBEI), que começou na quarta-feira (8), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), no município de Feira de Santana, com o apoio da Secretaria da Educação do Estado. Até sexta (10), os congressistas dialogam sobre os processos educacionais inclusivos e excludentes, por meio de temas que envolvem os direitos e a emancipação das pessoas com deficiência e com doenças crônicas.
A coordenadora de Educação Inclusiva da Secretaria da Educação do Estado, Patrícia Braille, afirma que, além de funcionar como um espaço de aprofundamento das discussões acadêmico-científicas, o Congresso da Educação Inclusiva traz ao diálogo relatos e teorizações de profissionais da Educação Básica que vivenciam processos de (não) inclusão. “Este evento, mais que um espaço de socialização, de congregação de toda uma produção teórica de pesquisadores das universidades, é uma oportunidade de darmos visibilidade às experiências exitosas na rede estadual, protagonizadas por nossos estudantes da Educação Inclusiva, como é o caso de Janine, ex-estudante da rede estadual, que é surda e cega, e, graças ao nosso trabalho na rede, foi aprovada para o curso de Pedagogia, na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb)”.
A presença de Janine no congresso, completa Patrícia Braille, é a prova de que é possível a inclusão social de uma pessoa como ela, que não enxerga e não ouve. “São exemplos como estes que estamos trazendo à luz no congresso para pesquisadores e público em geral”, acrescentou Patrícia. Durante o encontro, destaca, o público alvo da Educação Inclusiva terá a chance de dialogar com pesquisadores com a legitimidade de um trabalho que que, hoje, tem como base um documento orientador: a Diretrizes para a Educação Inclusiva no Estado da Bahia, lançada no mês de julho deste ano pela Secretaria da Educação.
Conhecimentos e práticas
O professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uesf), Danilo de Oliveira, também destacou a importância do encontro, que está debatendo questões que contemplam categorias de gênero, etnias e minorias, bem como o protagonismo das pessoas com deficiência/ necessidades educacionais especiais e com doenças crônicas no contexto educacional. “Este congresso é um espaço que está agregando tanto o conhecimento como as práticas no campo da Educação Inclusiva e isto torna este encontro especialmente importante, já que nessa última década conquistamos a integração da Educação Inclusiva à Educação Básica, bem como a ampliação do acesso dos estudantes com deficiência ao ensino regular, o que nos exige pensar e produzir mais conhecimentos e renovação de práticas”, avaliou.
Fonte: Ascom/Secretaria da Educação do Estado