Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Agradecendo por todo o apoio recebido, deixo a mensagem de Ano Novo e um texto reflexivo da ALPA.
O tempo… o rio… Vida que segue…
Fé, esperança, amor…
Filósofos, historiadores, cientistas, poetas e sonhadores costumam se debruçar sobre os abismos das caminhadas e ficar refletindo sobre o tempo, que passa e não costuma fazer o caminho de volta.
Passou, seguiu em frente, sempre e para sempre…
Ele acalenta os sonhos da gestante que conta, ansiosa, cada momento que falta para ver chegar à luz a criatura gerada no seu ser…
Os namorados que não vêem a hora do reencontro… Aliás, reencontro parece ser a palavra mágica que eterniza o tempo na busca do outro ser…
Mas o tempo é inexorável. Chega, faz um agrado e segue a caminhada.
Com o tempo, o inocente bebê começa a descobrir os encantos, os desencantos e os desencontros da vida.
A jovem bonita, capa de revista, descobre um dia que seus lindos e negros cabeços começam a trazer pequenas mechas prateadas que vão esbranquiçando e mudando o cenário do seu rosto que começa a mostrar as primeiras linhas, marcas profundas dos tempos de caminhada…
O tempo é como o rio. Nunca é o mesmo. Sempre passando se mostra diferente em cada curva da estrada, em cada meandro, nunca é o mesmo rio para os ribeirinhos que acompanham, de geração a geração, a sua passagem pelo mesmo lugar, todo o tempo…
E, quando nessas infindáveis curvas do tempo nos deparamos com mais um abismo à nossa frente, um cenário desconhecido, uma escada enorme com 365 degraus, filósofos, poetas, pensadores, ficam imaginando o que nos reserva cada um desses degraus.
E somos levados e tocados a rever, como o fez poeticamente Osvaldo Montenegro, a nossa lista de amigos e de acontecimentos com quem nos encontramos nos últimos tempos da nossa caminhada…
Quantos amigos… quantos sonhos… quantos amores… Ah! E como está o teu conflito com o espelho?
Nessa estrada pela qual seguimos há tantos anos, não podemos perder o senso da loucura e assim como a criança que vivia, crescia, se alimentava no aconchego do útero materno todos os meses e um dia precisa dar um salto no escuro, em um mundo totalmente desconhecido, precisamos lembrar de
Mário Quintana que viu um senhora pronta para pular do décimo segundo andar para um abismo desconhecido e ainda assim jogou-se no infinito… O seu nome é ES – PE – RAN – ÇA.
A fé, a esperança e o amor fortalecem a nossa caminhada.
Acompanhando o ritmo do tempo, como as águas do rio que sempre se renovam, saudamos o novo ano que chega, revendo a nossa lista de amigos, amores, sonhos, renascendo em nós a esperança de boas notícias a cada novo amanhecer.
Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE- RAN-ÇA…
Com o meu abraço fraternal e votos de paz e prosperidade
Antônio Galdino da Silva
Presidente da ALPA