‘Ela não gritou, não chorou’: Suspeito de atirar em esposa grávida presta depoimento

 ‘Ela não gritou, não chorou’: Suspeito de atirar em esposa grávida presta depoimento

jovemmortaA estudante de nutrição grávida de nove meses Daiane Reis, 25 anos, foi alvejada pelo marido com um tiro na nuca enquanto admirava um mirante no município de Serrinha. De acordo com o depoimento do técnico em mineração Adilson Pedro LIma Júnior, marido da vítima, Daiane não estava ciente dos seus planos. “Ela não gritou, não chorou, não viu que eu ia matar ela'”, declarou Adilson no depoimento, segundo informações do site Correio. Daiane desapareceu no sábado (16), mas seu corpo só foi encontrado na manhã de domingo (17), em um terreno do município, sem marcas de agressão física, o que indica que não houve briga entre o casal. Ainda no domingo, já à noite, Adilson confessou o crime e disse que agiu por ciúmes depois de ler mensagens no whatsapp da vítima.

Segundo Hildebrando Alves, delegado responsável pelo caso, a arma utilizada pelo técnico para cometer o feminicídio, um revólver calibre 38, foi encontrado na loja que pertence ao pai de Adilson. “Ele relatou que foi levá-la para ver um terreno que eles comprariam. Ele parou o carro e desceu para urinar, ela passou na frente e foi admirar o mirante, de onde dá para ver todo o município. Ela, então, estava de costas quando ele se aproximou e atirou. Condiz com a posição da bala, que entrou pela nuca e se alojou na boca”, relatou o delegado. “A princípio ele mentiu, disse que a arma estava lá no terreno onde encontramos o corpo. Procuramos e nada. Mas terça-feira (19) ele finalmente resolver falar a verdade, fomos na loja e encontramos o revólver”, completou. Conforme Hildebrando, Adilson se diz arrependido: “Ele não comenta o fato do filho ter morrido. Fala em arrependimento, mas eu não consigo sentir isso por parte dele. Claro que não sou psicólogo, mas não sinto arrependimento”. Adilson Pedro Lima Júnior deve ser transferido para o Presídio Regional de Feira de Santana. Atualmente, ele está na delegacia de Serrinha.

Adilton irá responder por feminicídio e pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.

BN

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