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Fazenda Santa Terezinha promove cidadania e vida digna para ex-dependentes químicos
Há pelo menos cinco anos a comunidade católica Boa Nova vem trabalhando com dependentes químicos em várias casas no Brasil e até em países de outro continente, como a África, acolhendo pessoas que perderam tudo numa vida errática, tragadas pelas drogas ou vício em álcool. Na Bahia, a comunidade trabalha na Fazenda Santa Terezinha, em Pojuca, próximo a Alagoinhas-BA.
São muitas as histórias dramáticas de pessoas que perderam tudo: família, bens e a dignidade. E que após persistirem por lá conseguem voltar à sociedade e serem inseridos. Há casos de acolhidos de Santa Brígida, Sítio do Quinto, e de vários outros municípios que fazem parte da diocese de Paulo Afonso.
A seguir, Raquel, da comunidade Boa Nova, explica como é simples o acesso ao tratamento e como se deve proceder uma vez que esteja na fazenda:
“A pessoa que deseja um tratamento aqui na fazenda Santa Terezinha, em Pojuca-BA, precisa chegar acompanhado de um parente que divida as responsabilidades, acompanhando a pessoa, pois elas ficam um ano aqui e precisam dos familiares em muitas etapas do tratamento.
Quando acontece o primeiro contato e se opta pelo tratamento na fazenda, é preciso antes fazer uma triagem para saber exatamente como está a saúde do interno e os cuidados que se deve tomar, pois não há convênio e no SUS tudo é muito demorado, esses exames precisam ser feitos antes do ingresso na Santa Terezinha, além de um pequeno enxoval.
O tratamento
“A pessoa que entra para tentar se libertar dos vícios e arrumar a vida, deve entender algumas regras que visam um resgate em primeiro lugar de si próprio. Por isso não há encontro íntimos e após o primeiro mês de entrada acontece a visita das famílias, geralmente o 2º domingo do mês. O tratamento dura um ano, tempo que segundo as pessoas que cuidam dos acolhidos já dá para colher bons resultados sendo inserido novamente no seio social. São três remédios diários: a oração, o trabalho e a convivência fraterna. “A pessoa é convidada a perdoar, a conviver e se relacionar com todos, pois se a pessoa se fecha pode ser um motivo para deixar o tratamento”.
O acolhido deve viver exclusivamente do trabalho comunitário
Segundo nos explicou Raquel, a família só deve levar o básico para a pessoa no dia em que entra na fazenda. Após isso, o acolhido dever viver com o que a comunidade consegue arrecadar, seja através da venda de hortaliças, das doações que chegam para o bazar, tudo é partilhado conforme a necessidade de cada um. O que se pode doar é para uso comunitário, ou seja, dividido entre todos.”
Fonte: Ivone Lima
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