Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
PF realiza operação para afastar prefeitos de Pilão Arcado e Ipirá, na Bahia
Apontado como um dos seis municípios envolvidos na Operação Offerus, a prefeitura de Alagoinhas, no agreste, declarou que colabora com a Polícia Federal. Em nota, a administração local disse que os agentes estiveram na sede da prefeitura e na secretaria de educação onde foram entregues documentos e arquivos referentes a ex-gestores.
Segundo a gestão local, a ação investigaria “possíveis fraudes no processo de licitação e contratação da empresa WS para transporte escolar, contrato firmado pela gestão anterior e que não vigora mais na administração atual”. Segundo operação deflagrada nesta terça-feira (21), o município de Alagoinhas foi o primeiro em que a ação encontrou indícios de irregularidades. As ações fraudulentas teriam começado em 2009 e seguido até os dias atuais
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o contrato fraudulento começou no mesmo ano e já trazia registro de pagamento de propina para servidores públicos envolvidos.
De acordo com a delegada Luciana Caires, não existe a comprovação de pagamento de propina diretamente para o ex-prefeito Paulo Cézar (PRP), mas para pessoas muito próximas a ele. A “mesada” seria de cerca de R$ 50 mil, com origem no superfaturamento médio de R$ 300 mil por mês. “Esse dinheiro ia pagar para pessoas próximas, por exemplo, esposas de secretários municipais, mães de secretários municipais, enfim, parente nesse nível de proximidade”, afirmou a delegada. Entre os beneficiários da propina estaria a esposa de um ex-secretário de Educação de Alagoinhas, que teria recebido R$ 586 mil entre 2009 e 2010. Além de Alagoinhas, fraudes foram detectadas antes de 2017 em Casa Nova.
A Operação Offerus teve alvos também nos municípios de Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado. Em Ipirá e Pilão Arcado, os atuais prefeitos Marcelo Brandão (DEM) e Afonso Mangueira (PP), respectivamente, foram afastados dos cargos por 10 dias (veja aqui). Em Jequié, a licitação fraudulenta foi barrada após um termo de ajustamento de conduta entre a prefeitura e o Ministério Público da Bahia (MP-BA)
por Francis Juliano / Fernando Duarte