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Temer fala em ‘aposentadoria relativa’ após deixar a Presidência
Uma “aposentadoria relativa”. Assim o presidente Michel Temer definiu hoje (29), pela primeira vez, o que pretende fazer após deixar o cargo, em 1º de janeiro.
“Eu quero dizer que faltam quatro meses apenas. Tive uma vida pública e universitária muito próspera. [Na Presidência] tive muitos problemas, mas eu já cumpri vários papéis. Penso que está na hora de uma relativa aposentadoria”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco.
“Pretendo sair, dar meus pareceres na área jurídica. Quero escrever alguns livros técnicos e também romances; já escrevi quatro livros, e quero ter muita tranquilidade”, continuou. “Mas não deixarei de acompanhar a vida pública nacional”, avisou. “Um ex-presidente é muito procurado; pode contribuir com o país”, completou.
Perguntado se também escreveria um livro sobre “os trancos e barrancos da Presidência”, o presidente revelou que sim. “Teremos um livro. Vou relatar os muitos equívocos e falsidades. Fui vítima de uns detratores, muitos deles condenados, outros desmoralizados, e eu quero contar a verdade de tudo isso. Aliás, a verdade tem aparecido pouco a pouco. [Apareceram] vários fatos reveladores do que eu falei lá no início sobre um procurador da República, hoje denunciado, sobre o grampeador que já foi preso e agora condenado por ofender a minha honra”, destacou.
Sem citar nomes, ele referiu-se ao ex-procurador Marcello Miller e ao empresário Joesley Batista, respectivamente.
Por Alexandre Galvão no dia 29 de Agosto de 2018