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Quaresma: “O jejum é individual e cada pessoa escolhe o seu jejum”, explica dom Guido
O bispo dom Guido Zendron presidiu a última missa da Quarta-feira de Cinzas na Catedral, concelebrada pelos padres Roni e Marcos.
Pela manhã a igreja estivera cheia, e à noite, não coube os fiéis. O fato foi observado pelo pároco Roni. “De parabéns o povo de Paulo Afonso, quando vejo a disposição de participar conosco desses momentos importantes da igreja.”
Como a Quarta-feira de Cinzas também marca o início da Quaresma, o bispo começou explicando que não se trata de seguir um rito pelos costumes, mas que vem da necessidade que cada pessoa tem em se relacionar com Deus, consigo mesmo e com o próximo:
“A proposta de Jesus não é para que se observe a lei – podemos vê-la de forma fria, sem converter o coração -, eu posso ver as leis da igreja sem amar a Deus. Quando o que Jesus diz é o contrário: “Observar a lei é consequência do amor que eu vou colocar em teu coração”, daí vem a medida alta de Jesus, que nos convida à santidade.
O bispo destacou as três atitudes propostas pela igreja para que as pessoas possam viver bem o período quaresmal, mas não só ele.
“Era impressionante como Jesus rezava e o quanto; todos os dias, de madrugada e à noite, se isolava para não perder esse relacionamento com Deus-Pai, pois Ele também sofreu a tentação que nós vivemos, de achar que podemos enfrentar a vida a partir das nossas forças, que pela nossa criatividade etc., vamos mudar a vida dos outros, é o contrário: Jesus sabia que sem se deixar gerar continuamente pelo relacionamento com Deus-Pai não comunicaria nada a não ser a si mesmo, mas Ele foi enviado para revelar que Deus é amor.”
O bispo ainda afirmou que, o jejum e a caridade, as outras propostas da igreja, são meios pelos quais se pode viver mais e melhor o relacionamento com Deus, entrando em seguida na Campanha da Fraternidade.
“Nós podemos ser generosos. Será a nossa medida, mas a Caridade é a medida de Deus. E com essa atenção para com o outro, fez a igreja desenvolver a Campanha da Fraternidade deste ano, que tem a ver com as “políticas públicas”. A igreja quer despertar a nossa consciência a fim de que nós, a partir da nossa fé, possamos colaborar com aqueles que têm responsabilidade política-administrativa a não esquecer os mais frágeis, para que não coloquem de lado os direitos fundamentais; alertando que não pode ser só a questão econômica a guiar as ações políticas.”
Finalizando, dom Guido explicou que o jejum é individual e caba a cada pessoa escolher o seu jejum. “Cada um escolha a forma de fazer o seu jejum: deixar de ver TV, ficar menos no celular… O que importa para a Igreja é que com ele, você tome consciência que a sua verdadeira riqueza é Cristo.”
Pascom.