Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Será que vamos voltar a ver o Balneário Prainha recebendo turistas de várias partes do país?
O Balneário Prainha, que já foi considerada o Caribe do sertão, tem um tapete verde, 200 km de rio, coberto de macrófitas, que aumentam em 15% em uma semana
Quem chega à cidade de Paulo Afonso, percebe que às margens do Rio São Francisco no Balneário Prainha é grande a concentração de macrófitas. Elas são um sinal de alerta que existem dejetos sendo despejados no rio. No Balneário Prainha a situação é crítica para os donos de quiosque devido as macrófitas (baronesas) que estão estacionadas no balneário. “Os turista, famílias e banhistas, sumiram da prainha”, diz um dono de quiosque. Apesar da equipe de homens e máquinas que estão trabalhando para retirada das plantas na prainha, não existe uma previsão do termino dos trabalhos.
Segundo o presidente da associação de donos de quiosque de Paulo Afonso, Sr. Gaucho; “ tem pessoas, comerciantes da prainha, que dependem daqui, que vive única e exclusivamente daqui”. Emocionado e com lagrimas nos olhos, Sr. Gaúcho desabafa; “se a gente desistir o que é que vai acontecer? Vão dizer que tá bom, vai virar mais um número, mais uma estatística”. Gaúcho teve um prejuízo no ano passado de R$ 150, 000,00 Reais. Emocionado, Sr. Gaúcho continua seu desabafo: “que é que a gente quer para o nosso futuro? Que é que você vai deixar para seu filho? Você vai dizer eu tinha um rio, cadê hoje, hoje não tem, então é isso o que a gente quer? Com certeza acho que não é o que quero…para mim, para a geração futura…para meu filho…para neto”.
Seu Gilvan dono de um quiosque, lamenta a situação do comercio no balneário; “Não tenho para onde ir e não tenho outro tipo de renda, com filho pequeno vou fazer o que agora? ” Todos os funcionários de Sr. Gilvan foram demitidos.
Uma única maquina e uma caçamba trabalham no local e retira por dia 140 caçambas cheias das plantas, mais isso não tem sido suficiente, elas se multiplicam muito rápido.
A macrófitas funciona como um tipo de ‘filtro’ das impurezas presentes no rio São Francisco. Por isso, quanto mais elas aparecem, mais mostra o quanto estão poluídas as águas do rio. Essas plantas também podem representar uma ameaça à saúde pública dos ribeirinhos. “As pessoas ficam achando que as baronesas são maléficas para o rio, mas não são, elas ajudam na purificação da água. Só que é um tipo de planta que só se alimenta de água poluída”, explica o ambientalista, Vitório Rodrigues.
O prefeito Luiz Barbosa de Deus realizou uma reunião no gabinete, no dia 21/05/2019, onde estiveram presente a promotora de justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, Luciana Khoury, o Procurador da República Leandro Nunes, o juiz federal João Paulo Pirôpo, o Procurador Municipal, Igor Montalvão e secretários municipais. O prefeito falou do trabalho realizado pela Prefeitura na retirada das plantas e o esforço para devolver as margens do rio para a população. Luiz de Deus, ressaltou que a responsabilidade não deve ser somente da administração municipal.
No dia 22/05/2019, foi realizada uma reunião, na sede do Ministério Público Estadual, onde vários representantes de diversas entidades estiveram presentes e que teve como pauta principal as macrófitas, a promotora de justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, Luciana Khoury, falou sobre a responsabilidade de cada ente, tanto no processo de retirada emergencial das macrófitas, como também a médio e longo prazo.
Em Paulo Afonso, no dia 29 de março 2019, foi realizada uma audiência pública no auditório do Memorial da Chesf, com as prefeituras de Paulo Afonso e Glória, Bahia Pesca, Embasa, INEMA, ICMbio, Sema(PA), para discutir os impactos ambientais e socioeconômicos provocados pelas macrófitas no Submédio do Rio São Francisco.
Desde 2018 a prefeitura municipal de Paulo Afonso vem travando uma luta contra as macrófitas que chegam à margem do rio no município, especialmente na Prainha.
José Renaldo da Redação PANotícias