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Cleston Andrade: “Com 80 mil veículos cadastrados, implantação da Zona Azul é imprescindível”
O secretário de administração, Cleston Andrade, em entrevista ao Painel informou que sua pasta parte para a conclusão de um estudo, elaborado há cerca de 8 meses, cuja finalidade é a implantação do estacionamento rotativo pago, conhecido Zona Azul, uma demanda antiga de quem precisa estacionar e circular pelas ruas do centro de Paulo Afonso.
Cleston Andrade: “A priori nós iremos montar uma equipe, vamos convocar a sociedade civil, o comércio para poder fazermos uma audiência pública e assim podermos discutir a implantação da Zona Azul”, revelou o secretário.
Cleston entende que a facilidade em comprar automóveis durante mais de uma década, multiplicou o número de veículos circulando e hoje é complicado, aliás, praticamente inviável estacionar na cidade sem a Zona Azul.
“A facilidade foi grande. O poder de compra do cidadão comum aumentou; antigamente você tinha um carro na garagem de uma casa e hoje tem casa com três ou quatro. O comerciante é diferente porque geralmente é uma empresa de família, então vão trabalhar o pai e/ou a mãe e os filhos na loja com três carros que ficam lá até terminar o expediente; eu conheço relato de pessoas que foram pagar contas e desistiram porque não encontraram onde estacionar, isso prejudica também o comércio”, pontuou Cleston.
“Uma empresa já foi contratada”
“Nós identificamos 1.510 vagas de Zona Azul em Paulo Afonso. Para ficar num exemplo, Arco Verde -PE tem 324 vagas de Zona Azul e consegue auferir de recurso para o município algo em torno de 2.500 reais dia/Zona Azul; quem administra a empresa leva boa parte desses recursos e a outra parte fica para o município que está cedendo o espaço público para administrar o trânsito. ”
Painel: Já que foi feito o estudo, quais são as áreas nevrálgicas do trânsito de Paulo Afonso?
Av. Getúlio Vargas, São Francisco; Av. Landulfo Alves e a Otaviano Leandro de Morais; o entorno da feira grande. Nós nem pontuamos a Av. Apolônio Sales, e já percebemos que está na hora de um outro estudo para incorporá-la.
“A dependência de recursos”
“Nós precisamos quebrar essa dependência muito grande do ICMS e dos royalties. Como gestor público precisamos identificar alternativas para auferir renda para o município, simplesmente para pagar as contas”.
Painel: O senhor acha possível haver alguma resistência a este projeto que passa pela Câmara?
Cleston Andrade: De maneira alguma. Atendemos a um pedido do próprio comerciante. Em março do ano passado fizemos um levantamento junto ao Detran e verificamos que Paulo Afonso tem hoje aproximadamente 80 mil veículos [carro e moto] matriculados, obviamente nem todos esses veículos matriculados são daqui, fazemos uma média de 75 mil veículos daqui e 5 mil flutuantes – que veem de outros estados e ficam aqui. Anualmente a frota cresce cerca de 1.500 veículos ano, em dez anos ficaremos com um média de um veículo para cada habitante, não será mais possível trafegar em Paulo Afonso. Então precisamos trabalhar a questão da mobilidade urbana atrelada à Zona Azul.
“Vamos ouvir a sociedade”
“Nós entendemos a necessidade, mas queremos ouvir a população; a sociedade civil, religiosa para em cima de uma audiência pública definir os padrões. ”
Painel: Onde estão os guardas de trânsito em horário de pico? Por que não temos guardas monitorando?
Cleston Andrade: Reconheço que tentamos fazer esse trabalho antes. Mas houve uma perda muito grande do efetivo. Hoje o Gtran está basicamente centrado no atendimento de sinistros [acidente] são poucas pessoas fazendo ocorrência de infração de trânsito, isto a gente faz quando há um flagrante de delito. Infelizmente o número de acidentes é muito grande e nosso efetivo é baixo, quando deslocamos uma viatura para um acidente são no mínimo dois homens, um para fazer a lavratura do auto do acidente e outro o balizamento do trânsito. Pleiteamos realmente o concurso público para resolvermos a questão pendente no trânsito de Paulo Afonso.
Fonte/foto: Painel