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Números da violência contra a mulher em PA: 1.834 atendimentos e 1.896 medidas protetivas
Após mudanças substanciais na legislação brasileira, com a criação da delegacia da mulher, e uma lei específica com punição para às agressões contra elas [a Lei Maria da Penha que está próxima de completar 14 anos] criou-se uma expectativa de que dali em diante esse crime sofreria grandes baixas. Autores seriam presos e a mulher, paulatinamente se livraria de comportamentos abusivos que desencadeiam em agressões de todos os tipos.
Quando um tenente-coronel da PM, no caso, André Luís Cunha, do 20º Batalhão, acostumado a grandes centros fica impressionado com os números de violência contra a mulher registrados num município com pouco mais de 110 mil habitantes, os pontos estão claramente fora da curva. Resta dizer que se houvesse mais orientação às vítimas, 2019 não fecharia com 1.834 atendimentos. Seria um número bem maior.
“A gente observa que o sertanejo, em regra os agressores, têm um comportamento muito machista, e eu realmente achei altos os números de Paulo Afonso”, comentou o tenente-coronel da PM, André Luís Cunha em entrevista coletiva no dia 13/01.
Chama atenção nos números levantados pela PM que foram 1.896 medidas protetivas expedidas pela Justiça, ultrapassando o total de atendimentos de 2019, provavelmente porque são medidas que saíram de queixas anteriores.
12 agressores foram presos no ano passado e a PM atendeu 71 chamadas de urgência. O programa Ronda Maria da Penha realizou um total de 1.639 visitas.
Em algumas cidades, quando a vítima sai da delegacia tem um lugar, uma casa de abrigo para acolhê-la junto com os filhos, enquanto a Justiça age com contra o agressor, ainda não é o caso de Paulo Afonso.
Fonte: Ivone Lima/Painel