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Porque precisamos de mais mulheres na política
*Por Luiz Neto
A presença feminina proporciona avanços de gestão.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope revelou que a maioria dos brasileiros considera que a presenças das mulheres no poder melhora a política. Grande parte dos entrevistados ainda se mostrou disposto a votar em uma mulher.
O Brasil tem uma péssima classificação quanto à presença feminina no cenário político, atrás de países como a Arábia Saudita, em que até novembro de 2019 as mulheres comemoravam a autorização para comparecer a uma partida de futebol ou para ter licença para dirigir.
Os efeitos dessa baixa participação das mulheres na política é que: Só é capaz de formular políticas públicas quem possui real vivência e conhecimento dos problemas de um determinado grupo. Se houvesse maior representatividade por parte das mulheres, com certeza as pautas femininas ganhariam maior força.
O descompasso entre a proporção de candidatas e mulheres em condições de exercício do cargo pode ser atribuído a vários fatores, como falta de apoio real às candidaturas femininas, já que, em sua maioria, informações sobre gestão e planejamento de campanha eleitoral são de poder dos homens, líderes dentro dos partidos.
O fato é que o número de mulheres na população e as suas representações nos poderes legislativo e executivo são muito baixos, o que é um reflexo negativo para a sociedade prova disso são as políticas públicas feitas por homens e que privilegiam os homens
Ademais, outros estudos desenvolvidos mostram que quando as mulheres possuem maior representatividade política, mais recursos são investidos em saúde e educação, dois dos pilares centrais de uma política preocupada o com o povo.
A igualdade de gênero não é somente um discurso feminista. Antes de tudo, países que atingem índices superiores a 40% de presença feminina nos parlamentos e nos cargos políticos, em geral tendem a ver uma melhora substancial nas suas cidades, segundo estudos da ONU Mulheres.
Precisamos de mais mulheres a falar de economia humana, visto que a pobreza somente aprofunda os abismos socioeconômicos. Os índices de pobreza e miséria têm crescido de forma progressiva. E a pobreza, sobretudo, atinge mulheres e meninas.
É preciso que as instituições olhem e apoiem mais as mulheres na política, afinal, elas precisam representar a maioria de eleitores do país. Mas não só isso: a presença feminina nesse campo traz benefícios para toda a população, além de trazer maior igualdade de gênero, algo essencial na sociedade em que vivemos.
Se não existe espaço para as mulheres no dia-a-dia do partido, elas não vão se dispor a concorrer a um cargo. Se a mulher se candidata, o apoio tem que ser na prática, porque a visibilidade é difícil para todo mundo que é novo na política. Por exemplo: o ideal seria que a líder comunitária fosse candidata e não cabo eleitoral.
*Luiz Neto é pré-candidato a prefeito de Paulo Afonso