Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Para oposição, queda de Negromonte foi “morte anunciada”
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que a escolha de Aguinaldo Ribeiro para a pasta mantém a estrutura de loteamento nos ministérios
Para os partidos de oposição ao governo de Dilma Rousseff, a queda do ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi uma “morte anunciada”. A escolha do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do mesmo Partido Progressita (PP), para substitui-lo também foi alvo de críticas. “O grande problema é que as mudanças que o governo faz não mudam nada. Ministros são demitidos e se nomeiam substitutos do mesmo partido. Altera a forma, mas não o conteúdo”, afirmou o deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB.
Ele classificou a mudança na pasta como uma ação publicitária da presidente e disse que a nomeação de Ribeiro manterá a mesma estrutura em benefício de partidos. Para o deputado tucano Duarte Nogueira, ex-líder da bancada na Câmara, o modelo de escolha dos ministros está errado desde o escândalo do mensalão, em 2005. “Os ministérios são porteiras fechadas e os ministros são escolhidos sem critérios técnicos”.
Omissão – “No caso do Negromonte, Dilma foi omissa e o segurou apenas para deixar a situação menos feia”, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM), acrescentando que a saída do ministro deveria ter ocorrido há muito tempo. O deputado federal Roberto Freire (PPS) defendeu que no governo só há blindagem para os ministros do PT e até arriscou um palpite sobre o próximo ministro a cair. “Será Mantega. Ele já sabia havia algum tempo dos crimes do presidente da Casa da Moeda e não fez nada”.
Em defesa da escolha da presidente para substituir Negromonte na pasta, o deputado petista Paulo Teixeira disse que Aguinaldo Ribeiro sempre conseguiu articular com grupos diferentes da Câmara. “Ele tem experiência administrativa, contribuiu para o bom andamento do governo”, disse. Teixeira afirmou que a demora na saída de Negromonte foi apenas o tempo que Dilma precisou para “fazer as suas substituições”.
Vilson Covatti, deputado federal pelo PP, disse que o partido tentou até o último momento convencer Negromonte a não entregar o cargo, mas ele não quis voltar atrás. Covatti afirmou que as motivações para a demissão são pessoais e não têm relação com as denúncias que atingiram Negromonte há quase cinco meses. “Ele passou pela pior parte da tempestade.” Veja.abril.com.br