Greve de PMs: Governador oferece reajuste de 6,5% para policiais militares

 Greve de PMs: Governador oferece reajuste de 6,5% para policiais militares

A liderança do movimento ainda não informou se aceitará a proposta e encerrará o movimento grevista

O Governo ofereceu 6,5% de reajuste para todas as categorias da Polícia Militar na noite de domingo (5), de acordo com informações da Secretaria de Comunicação Social do Estado (Secom). O governador Jaques Wagner, no entanto, só iniciará as negociações com os PMs em greve depois que eles encerrarem a paralisação e deixarem a sede da Assembleia Legislativa, ocupada deste a última terça-feira (31), data do início da greve.

Além do aumento salarial proposto pelo Governo, a categoria reivindica o pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, além da regulamentação do pagamento de auxílio acidente, insalubidade e periculosidade.

A liderança do movimento ainda não informou se aceitará a proposta e encerrará o movimento grevista. De acordo com informações do programa Rede Bahia Revista, o pagamento do reajuste salarial seria retroativo ao mês de janeiro de 2012. A anistia dos PMs que tiveram pedido de prisão preventiva decretado pela Justiça não faz parte da proposta inicial elaborada pelo Governo, ainda segundo o programa da TV Bahia.

Ocupação da Assembleia

Em pedido feito ao general Gonçalves Dias, comandante da 6ª Região Militar, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, estabeleceu a meia-noite de domingo (5) como prazo para que os policiais militares e associados à Aspra, acampados na Assembleia, desocupem o prédio.

O deputado esteve no Quartel do Exército, localizado na Mouraria, e pediu aos militares que a Assembleia seja desocupada para que os trabalhos legislativos sejam retomados nesta segunda (6). ‘A Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça’, disse o deputado.

Após o comunicado, o general Dias convocou uma reunião com os outros comandantes que participam da operação de segurança de Salvador para avaliar o pedido.

Governador garante que não haverá invasão

Em coletiva no sábado (4), o governador Jaques Wagner assegurou que a Assembleia Legislativa não será invadida. “Não tem nenhuma hipótese de invasão da Assembleia. Se alguém invadir a assembleia, seguramente serão eles”, assegurou.

De acordo com Wagner, “isso é mais uma tentativa do grupo de achar adesões e de fazer pânico”.“As pessoas estão falando de banho de sangue, banho de sangue só ser for de lá para cá, aliás algum banho de sangue já foi promovido na cidade por eles. Daqui eu não tenho o menor interesse em banho de sangue, agora a ordem tem que ser restabelecida”, afirmou Wagner em coletiva.

Segurança reforçada

Quatro veículos militares conhecidos como Urutu e desenvolvidos com blindagem dupla para transporte de tropas, chegaram  domingo (5) em Salvador para reforçar a segurança da cidade. Os automóveis vieram de Recife e já podem ser vistos nas ruas da capital.

Fabricados no Brasil, a camada externa do blindado é feita de aço duro e tem proteção contra projéteis de armas leves, estilhaços de minas e fragmentos de artilharia. O Urutu é equipado com um sistema automático de supressão de fogo, e é armado com uma única metralhadora de 12,7 mm, montada sobre o teto. O veículo pode transportar de 12 a 14 soldados totalmente equipados.

Até o início da noite de domingo (5), 2.578 soldados das Forças Armadas e da Força Nacional já estavam patrulhando as cidades de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Paulo Afonso, na Bahia, segundo informou o tenente-coronel Cunha, porta-voz da VI Região Militar.Do Correio

1 Comment

  • Pergunto, porque deixaram que negociações chegassem em situação tão absurda.
    Acho que existe um mar de egoismo, que torna invisível e insignificante a vida coletiva. Existe grande desigualdade, que fogem as proporções devidas em qualquer situação, principalmente quando tratam de questões que envolve a sobrevivência das pessoas. Ainda é badalado o reajuste de 62 porcento dos politicos.
    Algumas classes, não tem direito a greve. Portanto, deveriam ter um tratamento realmente especial e justo.
    Já virou moda, o desrespeito a Constituição Brasileira por culpa dos que podem fazer alguma coisa, que na maioria são os politicos. Na teoria tudo é consequência.
    Se as coisas iniciarem bem, os resultados poderão ser positivos. Ainda existe condições de tudo melhorar. Não devem perder a esperança, se todos agirem com humanidade com menos egoismo e mais sensatez.

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