Governador Wagner manda duro recado para Mário Kertész

Governador Wagner manda duro recado para Mário Kertész ao afirmar que é contra a utilização de qualquer emissora para uso em campanha política

Durante as comemorações da edição nº 200 do Programa Conversa com o Governador, realizada no hotel Fiesta em Salvador, no dia 27 de março (2012), Jaques Wagner, ao falar para profissionais da imprensa baiana, notadamente do rádio, desferiu profundas e certeiras críticas no pré-candidato peemedebista, radialista e diretor da Metrópole FM, Mário Kertész.

“Ilude-se também aquele que acha que ficar batendo o tempo todo e criticando, vale para formar a opinião. O povo brasileiro está cada dia mais maduro, e sabe separar aquilo que é informação de qualidade, daquilo que é campanha contra fulano ou beltrano. Essa é a minha opinião sincera. Eu sou contra a utilização de qualquer emissora, seja de rádio ou de televisão, para uso em campanha política. O cidadão faz alinhamentos políticos. Eu acho que é isso não é bom para imprensa. Uma coisa é você criticar, outra é você ser parte de uma campanha política. Eu acho que má informação não combina com democracia. Uma coisa é você se posicionar para levar informação à população, outra é você usar o microfone para fazer sua campanha política com fulano e fulano. Cada uma usa a liberdade de imprensa, cada um fala, mas não é isso que pega. O exemplo clássico foram às eleições que levaram Lula a presidência da república.”, declara Wagner.

Wagner concluiu a fala se posicionando como homem republicano, e lembrando que alguns agem como se os tempos fossem de ditadura, onde um senhor nomeava o seu apaniguado. “A gente realmente vai continuar trabalhando nisso, a gente trouxe um modo diferente de fazer política na Bahia, e eu vou continuar, até porque eu acho que o povo gostou da mudança. Muita gente acha que o povo está com saudade do autoritarismo, do grito e da ordem. Eu não. Acho que o povo está gostando de saber que tem o direito de se expressar dentro das normas de relacionamento humano, e eu não vou mudar o meu padrão de comportamento.”, finalizou.

Kertész, o passado bate à porta

O radialista Mário Kertész, ex-prefeito de Salvador, tem usado com veemência o espaço público radiofônico para criticar o governo Wagner. Nem sempre por motivos justos, ou justificáveis. Ao mesmo tempo em que tenta utilizar as ondas da rádio Metrópole FM com objetivo de construir uma imagem de homem capaz, competente, dinâmico. Duro é quando Kertész, confrontado pelas ações do passado, quando prefeito de Salvador, reage aos ouvintes que lembram a triste passagem do ex-alcaide no paço municipal. Nisto, Mário Kertész mostra sua face, de homem com baixa formação intelectual e republicana, e agride ouvintes com os prosaicos xingamentos.

PMDB perde oportunidade

O PMDB da Bahia perde boa oportunidade de apresentar um candidato com credenciais éticas, e competência administrativa para o pleito de 2012 em Salvador. O próprio Geddel Vieira Lima poderia ser um excelente candidato, quando ministro, foi elogiado pela ex-presidente Lula em função da competência. Outro nome é o do deputado federal, e presidente do partido na

Bahia, Lúcio Vieira, que com seu humor ferino e pensamento ágil traz certo brilho a cena política.

Das opções pemedebistas, a eminente escolha de Mário Kertész parece ser a pior. Não que não gostei dele. Difícil é defender um nome envolvido em episódios tão tenebrosos, no tocante a administração pública de Salvador.

Para disputar as eleições municipais de 2012 em Salvador, o PMDB acena com a possível candidatura de um dos piores prefeitos que governou a capital, Mário Kertész,  radialista e proprietário da Metrópole FM.

A gestão de Kertész foi marcada por obras incompletas, caos financeiro e graves denúncias de corrupção. Kertész Comandou a capital por duas vezes, sendo nomeado prefeito de Salvador (1979-1981) por ACM. Rompeu com Antônio Carlos logo após deixar a prefeitura, e se filiou ao PMDB, na sequência foi eleito prefeito de 1986 a 1989.Fonte: jornalgrandebahia.com.br