Repórter Cidadão – Agentes de trânsito: garantia de respeito e cidadania.

Criado em 2007, o Departamento Municipal de Transito trouxe consigo a investidura de mais de 60 agentes de trânsito por concurso público naquele mesmo ano, em Paulo Afonso. Muitas expectativas foram criadas na comunidade quanto à resolução, enfim, da falta de educação de muitos condutores de veículos que abusavam no desrespeito às leis de Transito deste País.

Porém, problemas alheios à prestação de serviço destes Agentes e que dependiam apenas do Gestor Municipal, como a emissão de multas e outras autuações por infrações de trânsito previstas no CNT, levaram a uma má interpretação da sociedade local quanto ao seu papel interventivo e educativo, colocando estes honestos trabalhadores, servidores públicos, na vala comum dos problemas políticos partidários da cidade.

Essa conduta equivocada vinda de todos os lados: do governo, da imprensa, dos condutores de veículos, e infelizmente, dos cidadãos, que ficaram no meio de uma guerra, a qual não lhe interessava, onde pouca vontade política dos governos anterior e atual (considerando que o primeiro iniciou todo processo, desde o concurso público e a municipalização do trânsito), e o reinar da impunidade dos infratores de trânsito, expuseram os Agentes de Trânsito ao ostracismo, ao descrédito tanto do governo como da comunidade. Contudo, felizmente, o bom trabalho e o respeito contínuo da tropa para como os munícipes, fez permanecer este valoroso grupo de homens e mulheres, que dia a dia protegem a sociedade dos excessos dos maus motoristas, enquadra os infratores nos ditames da Lei, e demonstra a sua importância para a manutenção da ordem pública e do respeito à cidadania.

Não é sabido pela comunidade, mas os Agentes de Trânsito trabalham 24 horas por dia e 7 dia por semana, fiscalizando as ruas e reprimindo os abusos dos que desrespeitam as Leis. São eles que chegam primeiro às ocorrências de trânsito, que muitas vezes iniciam os primeiros socorros de vítimas de acidentes; que tenta garantir o bom fluxo do trânsito, e que busca por meio das multas impedi a repetição daqueles motoristas que, por exemplo, interrompem o livre acesso dos moradores em suas garagens; e, que quando há abusos excessivos passam a madrugada na delegacia de polícia, além de arriscar a própria vida para que a do cidadão seja preservada, sem que para isso utilize-se de armamento letal ou de defesa pessoal.

Ainda falta muito para que o trânsito desta cidade se adéqüe a sua real necessidade, porém, pode-se afirmar que os Agentes de Trânsito têm feito dignamente o seu trabalho, estando presente em todas as partes aonde é requisitado. Todavia, falta ainda uma maior conscientização daqueles condutores de veículos que desrespeitam as Leis de trânsito e de convivência social harmônica; falta aos pais impedirem que seus filhos arrisquem as suas vidas e de terceiros conduzindo veículos sem estarem devidamente habilitados, ou mesmo nas motonetas sem estar ciente da sua responsabilidade mediante as regras no trânsito; e tantos outros cuidados que deveríamos ter, enquanto cidadãos respeitosos. Quando houver esta compreensão, tanto social como política, certamente, as multas hoje emitidas pelos Agentes de Trânsito (e que estão válidas) serão o último recurso

Os Agentes de Trânsito ainda aguardam maior reconhecimento pelo seu trabalho, e reivindica: ajuste salarial condizente à categoria; melhoria das condições de trabalho, como viaturas adequadas e equipamentos específicos; concurso para novos agentes, tendo em vista as exonerações de dezenas que encontraram melhores condições de trabalho; criação do pátio de apreensões de veículos e contratação de serviço de reboque; firmeza no julgamento das infrações de trânsito, não permitindo interferência política neste processo; campanha pública de orientação sobre o papel dos Agentes de Trânsito no município.

Os Agentes de Trânsito têm consciência do seu papel de servidor e não se omitirá de cumprir o seu dever, doa em quem doer, pois é o bem estar do cidadão o principal motivador do seu trabalho diário.

Fonte:Lúcio Flávio Teixeira

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