Preso no RN, Carlinhos Cachoeira será transferido para Brasília

 Preso no RN, Carlinhos Cachoeira será transferido para Brasília

O empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, obteve uma liminar judicial na noite desta segunda-feira para deixar o presídio de segurança máxima de Mossoró (RN). Ele deve ser transferido para Brasília nas próximas horas.

A liminar foi concedida pelo desembargador Fernando da Costa Tourinho Neto, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

No presídio de Mossoró, Carlinhos Cachoeira fica 22 horas trancado em uma sela sozinho sem ver ninguém. Tem direito a apenas duas horas de sol por dia e conversa com as visitas por meio de um interfone sem ter contato físico.

De acordo com familiares, Carlinhos Cachoeira emagreceu 16 kg, teve o cabelo raspado e está deprimido. Chegou a passar mal e precisou ser atendido por médicos.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo. Ele é acusado de comandar um esquema de jogo ilegal. Segundo a investigação, o grupo de Cachoeira cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, para sustentar uma máfia de jogos.

A Operação Monte Carlo envolve o nome de parlamentares, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), um grupo de deputados e integrantes dos governos de Goiás e Distrito Federal. O Congresso deve instalar uma CPI nesta semana para investigar o caso.

MÃE

Por estar preso no Rio Grande do Norte, o empresário não compareceu na segunda-feira ao enterro de sua mãe, na tarde de hoje, em Anápolis. Segundo sua advogada, Dora Cavalcanti, não havia tempo hábil para solicitar oficialmente e ao mesmo tempo conseguir sua saída temporária para participar da despedida.

A mãe de Cachoeira, Maria José, conhecida em Anápólis como “dona Zezé”, morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 79 anos. Mãe de 14 filhos –12 deles vivos–, ela faleceu, segundo familiares, de falência múltipla de órgãos. O enterro está marcado para as 17h.

Segundo a advogada de Cachoeira, o ocorrido foi comunicado a ele pela direção do presídio de segurança máxima de Mossoró, onde está detido.

Folha

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