Banco Central prorroga prazo de renegociação das dívidas dos produtores rurais amparados pelo Pronaf

Josias vê adiamento da renegociação de dívidas de agricultores como medida “parcial”, mas, importante na luta contra os efeitos da seca

O deputado federal Josias Gomes, do PT da Bahia, considerou “passo importante” a decisão do governo Dilma Rousseff em atender, “ao menos parcialmente”, pedido de ajuda dos agricultores nordestinos atingidos pela seca. Recentemente, junto com a bancada baiana, Josias esteve reunido com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, justamente tratando do assunto e reivindicando soluções ao governo.

Na última segunda-feira, o Diário Oficial da União publicou resoluções do Banco Central (BC) que prorrogaram por um ano o prazo de renegociação dos vencimentos das dívidas do crédito rural para os produtores rurais amparados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

As resoluções prorrogam para 2 de janeiro de 2013 o prazo de pagamento das parcelas vencidas e a vencer entre 1º de fevereiro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, das operações de crédito rural em situação de adimplência em 31 de janeiro de 2012, desde que não amparadas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou por outra modalidade de seguro agropecuário.

Josias continua defendendo a posição da bancada nordestina: “O que desejamos, em primeiro lugar, é a edição de uma Medida Provisória liberando recursos para atender os agricultores prejudicados, já que a safra de 2011 foi inteiramente perdida, e a de 2012 sequer chegou a ser plantada, o que exige esse aporte de recursos da parte do governo federal”, explicou Josias.

No início deste mês de abril Josias Gomes presidiu uma sessão especial na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, para discutir a dívida dos agricultores nordestinos em virtude da seca. Parlamentares federais e estaduais da região reforçaram a defesa da renegociação, atitude agora tomada pelo governo federal. “Esperamos que essa medida seja entendida ainda como algo paliativo, mas, que prepara decisões de caráter permanente, atendendo às especificidades da região”, finalizou Josias Gomes.