Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Elmar afirma que governo não prioriza interesses da população baiana
A greve dos professores da rede estadual de ensino, já no seu 21° dia, e o quadro de seca extrema que atinge parte dos 417 municípios baianos, permearam o pronunciamento do deputado Elmar Nascimento (PR) na tarde de quarta-feira (02).Em questão de ordem, durante sessão realizada no plenário da Assembleia Legislativa, o parlamentar atribuiu à falta de debate na Casa a bancada governista que, segundo ele, tenta derrubar a sessão para não discutir assuntos importantes e de interesse da população baiana.
“Existem duas questões urgentes que precisam ser discutidas. A primeira é a greve dos professores, que entrou por um caminho que ninguém sabe onde vai parar. Esta parecendo CPI, todo mundo sabe como começou, foi um acordo assinado por escrito e que não foi cumprido, mas ninguém sabe como vai terminar, porque já partiu para radicalismo de ambas as partes. A outra situação é ainda mais grave. É o descalabro trazido com a seca e que vai quebrar a Bahia por conta da inação do governo”, destacou Elmar.
O deputado, que na semana passada recebeu o apoio de centenas de professores que se encontram acampados nas dependências da Assembleia Legislativa, frisou a necessidade de buscar o entendimento para pôr fim à greve, iniciada no dia 11 de abril. Elmar afirma que a manifestação culminou pela falta de planejamento do governo, e acredita que os prejuízos serão causados à sociedade e aos milhares de estudantes da rede estadual de ensino. “De um lado, o governador Wagner manda cortar os salários e benefícios dos professores. De outro, a categoria anuncia que, com os cortes, não vai cumprir o calendário de reposição das aulas, e quem vai pagar caro com isso é a sociedade. Tudo isso por conta de um governo irresponsável, que assina um acordo de repercussão financeira tão grande no orçamento do Estado sem antes fazer um estudo preliminar”, avalia.
Elmar Nascimento ressalta que, quando há projeto de qualquer tipo de impacto no governo, o mesmo é submetido à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Secretaria da Fazenda (Sefaz) para ser analisado e, ao mesmo tempo, não impor uma votação de uma emenda que o Estado não tenha teto financeiro para pagar. “Quanto mais se fazer um acordo desse, em uma mesa de negociação constituída pelo governador”, complementa o deputado republicano. Para ele, “o governador precisa voltar à razão e entender que não vai ser na base do radicalismo que as coisas serão resolvidas, porque quem está pagando é a sociedade baiana”.
COMBATE À SECA
A ausência de medidas do Governo do Estado no combate à seca também foi alvo das criticas do parlamentar. Elmar mais uma vez acusou o governador Jaques Wagner de atuar com inércia perante a longa estiagem que se prenuncia como a pior dos últimos 40 anos. ?Nunca fui contra a transposição do São Francisco. Acho que levar água para quem não tem se quer para consumo humano, é algo que precisa ser feito, seja para onde for. O que o governador deveria ter usado, era o suposto prestígio político com o Governo Federal, até pela votação que a presidente Dilma teve no Estado, para negociar uma compensação de obras de estrutura hídrica que fizesse minorar os problemas enfrentados com a seca?, ponderou. Como iniciativa para solucionar a falta de água no interior baiano, Elmar destaca a construção de adutoras que, de acordo com ele, poderiam estar sendo arquitetadas com as grandes barragens deixadas pelo governo anterior.
“Quando tiver a oportunidade e o pessoal do governo deixar a gente falar, irei mostrar as grandes barragens construídas em nossa gestão. Também vou comprovar que governo Wagner não construiu uma única obra de engenharia hídrica, que não há uma única barragem e que as adutoras iniciadas foram a partir das barragens já existentes, e mesmo assim todas se encontram paralisadas, andando a passos de tartaruga”, afirma o deputado.
De acordo com Elmar, é preciso haver políticas públicas efetivas que venham não apenas minorar a questão da seca de forma emergencial, mas resolver o problema que assola o semiárido e o sertão da Bahia como um todo, de um modo geral. “Não adianta anunciar água só colocando carros-pipas, porque isso vai resolver o problema de hoje, mas não resolve o de amanhã. A inoperância do atual governo vai quebrar a economia do Estado, principalmente do mais pobre. Temos um governo que não planeja, não faz projetos, e não tem feito nada de gerenciamento dos recursos hídricos”, dispara.
Fonte: Assessoria de Comunicação