Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Após negociação, professores da rede particular confirmam que vão entrar em greve
Cerca de 20 escolas vão parar atividades, segundo sindicato
Os professores da rede particular fazem paralisação a partir desta terça-feira (29) e devem decidir em assembleia pela manhã os rumos da greve. A informação é Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que não gostou da proposta recebida pelos patrões após mais uma rodada de negociações na segunda-feira (27).
Segundo Allysson Mustafá, presidente do Sinpro, não houve nenhum avanço na negociação. “A greve já está decretada”, disse. A assembleia da categoria está marcada para as 8h desta terça no Teatro Jorge Amado, na Pituba.
Os professores pedem reajuste de 4,88% baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e ganho real de 10%. Segundo Mustafá, 20 escolas irão parar, entre elas Oficina, Anchieta, Mendel, Módulo, Portinari, Isba e Marista.
Paralisação
Os professores fizeram uma paralisação de 24h na segunda, que, no entanto, não faz parte da greve. O diretor do Sinpro explica que a paralisação não pode ser vista como início da greve porque existem implicações jurídicas diferentes entre as duas que envolvem, inclusive, aviso prévio ao sindicato patronal e ao Estado.
O presidente do Sinepe-BA, Natálio Dantas, porém, disse no domingo que isso não foi feito. “Vou me reunir com o conselho patronal, pela manhã, para decidir se vai haver a mesa de negociação à tarde, já que eles estão confirmando a greve. Os professores têm obrigação estatutária de nos avisar e eles não avisaram nada. Em greve a gente não se reúne”, disse Dantas.
O percentual de aumento reivindicado pelos professores é de 10% do ganho real mais 4,88% de correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os empresários, no entanto, ofereceram o reajuste de 5%.
Ao todo, a pauta contém 58 reivindicações, entre elas saúde, segurança e condições de trabalho. “Não tem como fugir. Numa sociedade capitalista burguesa, a valorização do trabalhador é mediante um salário melhor”, diz Allysson Mustafa. Correio