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Convento mantém tradição de preparar licor
Na semana dos festejos do São João, uma infinidade de sabores e aromas invade os escuros corredores do Convento de Santa Clara do Desterro, no bairro de Nazaré. Nesta época, é intensificada a tradicional fabricação de licores das irmãs franciscanas do convento. Entre os meses de maio e junho, são produzidos cerca de mil litros da bebida, uma das preferidas dos nordestinos durante as festas de São João e São Pedro. Até chegar às prateleiras da pequena loja, situada dentro do convento, os licores, que começaram a ser fabricados pelas irmandade há cerca de 300 anos, passam por um longo processo de infusão e filtração. “Esse é o diferencial do nosso produto. É feito durante o ano inteiro, de forma totalmente artesanal”, revela a irmã Madalena, há quatro anos responsável pela fabricação da bebida.
Ao todo, são 28 sabores, que vão desde frutas como laranja, carambola e pitanga, até folhas medicinais, como guaco e hortelã. De acordo com a irmã Madalena, o campeão de vendas é o de jenipapo. “Ele é o preferido do consumidor. Muitos também compram o de rosas, porque é saboroso, diferente e mais difícil de ser encontrado”, contou.
A loja fica aberta de segunda a sexta, das 9h às 17h. Os preços variam entre R$ 7 e R$ 28. A bebida pode ser levada em garrafas com formatos diferentes, de acordo com a preferência do consumidor.
Projeto – Toda a verba arrecadada com a venda dos licores é revertida para projetos sociais mantidos pelo Convento do Desterro. O principal deles é o projeto Por um Mundo Melhor, que promove oficinas de teatro, música e dança para estudantes de escolas públicas de Salvador. As aulas acontecem dentro do convento e são realizadas sempre no turno oposto ao da escola.
Foto: Fernando Vivas | Ag. A TARDE