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PF poderá fazer acareação entre mulher de Cachoeira e juiz em Goiás
Andressa Mendonça prestou depoimento na PF sobre suposta chantagem. Alderico Rocha Santos disse ter sofrido intimidação para libertar reú.
A Polícia Federal (PF) poderá fazer nos próximos dias uma acareação entre a mulher de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, e o juiz federal Alderico Rocha Santos. Na segunda-feira (30), ela foi levada pelos policiais à sede da Polícia Federal, em Goiânia, para dar explicações sobre a suposta tentativa de chantagear o juiz que cuida do processo contra Carlinhos Cachoeira.
Andressa Mendonça passou três horas na PF, mas não quis falar nada. O encontro entre Andressa e o juiz Alderico Rocha aconteceu na quinta-feira (26) da semana passada. No dia seguinte à audiência que ouviu Cachoeira e os outros réus. Ela teria dito ao juiz que teria um dossiê contra ele e que poderia evitar sua divulgação, se o contraventor fosse solto.
“Esse levantamento social seria exposto à imprensa, caso o magistrado não revogasse a prisão do senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos ou não antecipasse o julgamento para absolvê-lo. O juiz federal disse que não tinha nada a temer e que ela poderia fazer aquilo que bem desejasse”, contou procurador da República Daniel Rezende Salgado.
Durante o encontro com o juiz, Andressa Mendonça teria pegado um pedaço de papel e escrito o nome de três conhecidos do magistrado. Ela teria dito que o dossiê envolveria o juiz e essas pessoas. A caligrafia do bilhete vai ser analisada para ver se a letra é mesmo da mulher de Cachoeira. Ela passou a ser investigada pela PF por dois crimes: lavagem de dinheiro e por tentar chantagear o juiz federal.
Agora, Andressa está proibida de visitar o marido no Presídio da Papuda, em Brasília. O juiz federal Mark Yshida Brandão também proibiu Andressa de se comunicar com os outros réus da Operação Monte Carlo. Até esta quarta-feira (1) ela precisa pagar R$ 100 mil de fiança. Caso contrário, será presa.
Alderico Rocha Santos é o segundo juiz do caso. O primeiro, Paulo Moreira Lima, responsável pela prisão de Cachoeira, pediu para sair do processo, porque estava sendo ameaçado.
O advogado de Andressa Mendonça não retornou às ligações da produção da TV Anhanguera.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil emitiu uma nota de apoio ao juiz Alderico Rocha Santos. A nota diz que a atitude do juiz demonstra transparência e que a ação de Andressa não vai interferir na condução do processo contra Cachoeira. G1