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Fruticultura e produção de vinhos movimenta economia no norte da Bahia
A Bahia é o segundo maior produtor e exportador de frutas do país. Um dos principais responsáveis por este resultado é o polo de Juazeiro, onde são produzidas 98% das uvas e 93% das mangas exportadas pelo Brasil. Em todo o estado, são colhidas mais de cinco milhões de toneladas de frutas. A movimentação econômica que envolve a produção de frutas e vinhos no polo de Juazeiro e a logística envolvida é o tema abordado pelo secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, no programa Encontro com Gabrielli que vai ao ar hoje (6).
O assunto foi sugestão do internauta Carlos Alberto e tem grande importância para a economia do Estado. É do norte da Bahia que saem mangas, uvas, limões, abacaxis e cocos, entre outros, para mais de 50 países, como Holanda, que adquire 40% das nossas exportações, seguida dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Portugal e Alemanha.
A localização de Juazeiro, observa Gabrielli, às margens do Rio São Francisco, favorece a implantação de áreas agrícolas irrigadas. “Quando juntamos esses elementos e adicionamos um clima favorável, a produção agrícola tende a ser o vetor de desenvolvimento de uma região, e é isso que acontece”, explica.
Para sair de Juazeiro, que fica bem no centro do Nordeste, e chegar aos seus destinos, 82% das frutas são transportadas de caminhão até os principais portos da região. Pelo Porto de Salvador saem 33% das frutas, enquanto 32% são embarcadas no Porto de Pecém (Ceará); 7% pelo Porto de Suape (Pernambuco); e 3% pelo Porto de Natal (Rio Grande do Norte). Além disso, 16% da produção é exportada por via aérea e 2% por vias rodoviárias.
POLO DE DESENVOLVIMENTO – Em toda a Bahia, a fruticultura representa cerca de 15% do setor agropecuário, com um valor bruto de produção em torno de R$ 3,5 bilhões. Além disso, a atividade é uma das que mais emprega no estado, assimilando cerca de um milhão de pessoas.
“Só a produção vinícola na região é responsável por 30 mil empregos. E aí falo no polo de Juazeiro, na Bahia, e de Petrolina, em Pernambuco. Esses municípios, por sinal, têm uma intensa movimentação de cargas e pessoas, pois se consolidaram como polos estaduais e estão separados apenas pelas águas do rio São Francisco”, comenta Gabrielli.
Essa região, aliás, é a segunda maior produtora de vinhos finos do Brasil, com sete milhões de litros por ano, representando 15% do mercado nacional, atrás apenas do Rio Grande do Sul, e à frente de estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
“Perceba que essa região é um dos polos de desenvolvimento do estado. Mas é possível avançar mais. Uma das formas é investir na integração entre os transportes hidroviário, rodoviário e ferroviário, para reduzir o custo final dos produtos e, assim, sermos mais competitivos”, ressalta Gabrielli. Ele promete, em outra oportunidade, comentar projetos como a construção de uma plataforma logística em Juazeiro e investimentos na hidrovia do São Francisco.