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Intervenção do Exército. Por Francisco Nery Júnior
Temos um patrimônio inestimável em Paulo Afonso… que está morrendo! Está morrendo por causa da nossa mais completa insensibilidade. As nossas árvores, o nosso verde, o nosso pulmão, aquilo que pioneiros de visão –e de ação – construíram está morrendo. Construíram para nós. Eles bem sabiam que iam passar. Iam passar da vida, da cidade e da empresa CHESF. Passaram, enfim, e deixaram o que melhor podiam ter deixado. Deixaram vida!
Nossas árvores estão morrendo. Intrigante que estão a morrer nas nossas barbas, nós que temos uma estrutura comunitária de dar inveja aos nossos vizinhos; nós que temos lagos e um riozão passando bem embaixo dos nossos narizes. Árvores de instituições das mais respeitadas estão secando por causa de uma das mais severas secas que temos tido no Nordeste.
O meu esclarecido leitor sabe que não torramos de calor em Paulo Afonso exatamente por causa daquele trabalho de profundidade e de visão dos nossos verdadeiros heróis. Sabe muito bem da vantagem de termos árvores aos cântaros e aos montões. Sabe, principalmente os da banda de cá, que o ar gostoso que respiramos vem bem refrigerado do Acampamento um dia implantado pelos sábios plantadores de árvores, aquelas que agora morrem a nos pedir socorro de braços secos para o ar. Apelam para nós na esperança de ainda termos um pouco de bom senso.
Pois precisamos de socorro! Precisamos de uma operação de guerra para salvar o nosso precioso patrimônio. Apelamos para o Exército Brasileiro! Apelamos para o mesmo exército que um dia respondeu à classe média brasileira e mudou o rumo das coisas. O Exército para quem apelamos é aquele que tem participado das revoluções brasileiras de cunho nacionalista puro não preconceituoso. Apelamos para o Exército das grandes obras que eliminaram gargalos, o Exército da Transamazônica, das grandes pontes e das hidroelétricas. Apelamos mesmo para a nossa Companhia estacionada em Paulo Afonso.
Salvem as nossas árvores! Vocês têm condições de fazê-lo. São mantidos com os nossos impostos e sabem nos defender. Defendam, agora, as nossas árvores. Cremos que o exército que aprende a passar bala no inimigo é, também, suficientemente sensível e capaz de executar uma operação de salvamento do nosso patrimônio em tempos de paz.
O apelo – pungente para alguns, descabido para outros – é dirigido a quem tem condições de responder. Nos tempos de paz e de democracia que vivemos, temos certeza que o nosso apelo será atendido. Temos certeza, pelo que conhecemos da história do Exército Brasileiro, que a tropa marchará com garbo para cumprir a tarefa que agora lhe imputamos. Os carros pipa da nossa Companhia de Infantaria breve estarão a levar a vida de volta para as árvores e para nós. As Forças Armadas brasileiras são uma das instituições que mais o povo respeita e em quem mais confia. A operação que sugerimos certamente corroborará para isto.
Venham para as ruas, nobres combatentes! Venham e nos encontrem com pás, baldes e rastelos. Todos, certamente, temos em grande conta a sua missão. Confiamos em vocês, última trincheira desta luta.
Francisco Nery Júnior
4 Comments
Aproveitando que “INTERVENÇÃO” é uma palavra que está em evidência, sugiro que se solicite a junta interventora que virá à cidade pra resolver isso tb!
Como tem gente abestalhado nessa cidade… esse tal de “Alves”, pseudônimo de um notório pilantra, que logo logo vai ter seu verdadeiro nome revelado, é o representante desses que torcem pelo quanto pior, melhor! Boa ideia, Prof. Nery. Vamos tentar preservar nossas árvores, e pra isso qualquer ajuda vale!
Para Clarisse , diga adeus a sua boquinha clarisse!!! va estudar p passar em concurso, será qvc é capaz? aliás abestalhado de …u é o q eu tenho em minha mão agora!!!!
os nossos lagos,jardins,arvores tudo acabou-se e talvez não aja mais revitalização aque abaixo proximo ao antigo colepa onde algarobas jambo mangas goiabeiras estações de tratamento dgua tudo se foi sem falar no antigo cartão postal da cidade o boi e a cobra que realmente se foi as nossas assim chamadas prainhas quem nao lembra da correnteza balneario do poeirão da pontinha do belvedere queda dagua onde se pegava pitú existe ainda ? tudo foi devastado tirado da propia natureza e ai se reclamam eita cidade calorenta acredito sempre foi mais depois de tanta devastidão que fizeram ficou pior somos predadores de nossa própia cidade por que vemos e nao fazemos nada acreditem fico indignado por ver tudo e nao ter poder de fazer nada ao longo de nosso tempo as administrações nao observaram isso ? agora é tarde para que tudo volte levará anos decadas e muito esforços e o pior de tudo nao tem quem se prontifique para realizar essa obra da mãe natureza :'(