“Nós temos poder de trabalhar para o municipalismo e não para o governo”, diz presidente da UPB sobre 2014

 “Nós temos poder de trabalhar para o municipalismo e não para o governo”, diz presidente da UPB sobre 2014

A prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), eleita na última quarta-feira presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), negou que a quantidade de apoios recebidos da base governista dê caráter chapa branca à sua gestão na entidade. “Eu espero que o espírito municipalista dos prefeitos envolvidos no processo continue (…). O maior líder local é o prefeito, ele tem que se impor como líder e buscar as causas dele”, afirmou em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira.

Responsável por um município com 9.400 habitantes e cujas principais atividades econômicas são a agropecuária e a plantação de eucalipto, Quitéria explicou o que favoreceu a escolha do seu nome na UPB. “Eu viajei por toda a Bahia e esse ano foi a primeira eleição com voto presencial obrigatório, não podia votar por procuração. Foram 358 prefeitos votantes e isso fortalece a nossa instituição”. Questionada sobre se o apoio do ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), foi fundamental à sua vitória, ela respondeu afirmativamente. “Fiz o meu trabalho como vice para depois poder me candidatar a presidente. Se Caetano não me apoiasse, eu iria me candidatar de qualquer jeito”, garantiu.

Quitéria também afirmou que a influência de Caetano nas eleições não garante o fortalecimento dele como candidato à sucessão de Jaques Wagner no governo da Bahia. “A nossa entidade não tem esse poder. Nós temos o poder de trabalhar para o municipalismo e não para o governo do Estado”, declarou. Questionada se pretende sair candidata a deputada nas eleições de 2014, a prefeita desconversou. “Eu não tenho muitos sonhos políticos não. As coisas acontecem para mim de acordo com a vontade de Deus”.

A presidente da UPB também explicou qual deve ser o perfil da sua gestão à frente da entidade. “Eu pretendo fazer um trabalho voltado para a gestão publica. Uma escola de gestão para poder estar ajudando o município. A lei muda todo dia, o nosso país está avançando, mas é preciso capacitar as pessoas para trabalharem no serviço público”, concluiu.

Emerson Nunes/PL

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