Dilma e Renan Calheiros são alvos de protestos em visita a Alagoas

 Dilma e Renan Calheiros são alvos de protestos em visita a Alagoas

Dilma Rousseff posa para foto com sertanejos durante visita a Água Branca (AL) .Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR

A presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foram alvo de protestos durante cerimônia em Água Branca,no sertão de Alagoas, a 296 km de Maceió.

Dilma Rousseff posa para foto com sertanejos durante visita a Água Branca (AL) .Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR

 Dilma visitou o município para inaugurar um trecho do Canal do Sertão, obra que se arrasta desde 1992.

A presidente discursou durante pouco mais de 26 minutos sob o som de apitos.

Manifestantes, que disseram não pertencer a nenhum grupo político, carregavam faixas e cartazes com dizeres como “Dilma, traidora. De oprimida a opressora”, “Dilma, seja bem vinda à terra do coronel”, “Honestamente, nunca se mentiu tanto”.

Os manifestantes também gritavam “Alagoas, pior Estado do Brasil” e “Alagoas, Estado de ladrão”.

“A gente protesta contra essa mentira porque a gente sabe que esse canal vai servir para a agroindústria”, disse o professor José Londe, um dos manifestantes.

Ele fez críticas diretas a Dilma e Calheiros. “Renan Calheiros, que representa Alagoas no Senado é um verdadeiro sanguessuga. Dilma deixou a luta, abraçou o capital internacional e o capital nacional. A Dilma é uma vergonha para o Brasil”, disse o professor, que era apoiado por outros cerca de 15 manifestantes.

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), também foi vaiado e pelo menos um dos cartazes era contra ele. “Téo, se o papa conseguiu, você também consegue. Renuncie!!!”.

Protestos também foram realizados antes da chegada da presidente. Duas rodovias foram bloqueadas pela população que pedia a pavimentação de um trecho de BR-316.

Em seu discurso, a presidente prometeu pavimentar o trecho da estrada.

Agricultores também protestaram. Eles colocaram cabeças de gado na estrada, na entrada da cidade, e distribuíram um manifesto pedindo o perdão das dívidas que têm com o Banco do Nordeste.

As informações são da Folha de São Paulo.

DANIEL CARVALHO/ENVIADO ESPECIAL A ÁGUA BRANCA (AL)

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