Deficiência no transporte público, animais soltos, entulhos e material de construção nas ruas de Paulo Afonso

“Tem que ter muita paciência. A gente fica aqui de braços cruzados esperando o ônibus e eles não dão nenhuma justificativa. É um absurdo, uma falta de respeito. As empresas deveriam se organizar para melhorar o transporte. Nós somos usuários e temos que ser tratados com respeito”

Cadeirante reclama do transporte público em Paulo Afonso

O tempo de espera pelos ônibus é o principal motivo de reclamação dos usuários do transporte público em Paulo Afonso. O tempo que o presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Paulo Afonso (APDEPA), Luciano  morador do bairro Tancredo Neves, ficou aguardando o ônibus adaptado para retornar do centro para casa, passou de uma hora e meia. Ele afirma que o problema é frequente e que atrapalha principalmente suas atividades.

“Tem que ter muita paciência. A gente fica aqui de braços cruzados esperando o ônibus e eles não dão nenhuma justificativa. É um absurdo, uma falta de respeito. As empresas deveriam se organizar para melhorar o transporte. Nós somos usuários e temos que ser tratados com respeito”, afirmou.

“Não tem ônibus para cadeirante e eu tenho que ficar aqui esperando a vida toda”, afirmou.

Lúcio Flávio diz que Paulo Afonso precisa avançar

Na opinião do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiencia, Lúcio Flávio, Paulo Afonso ainda precisa avançar muito no que diz respeito à mobilidade urbana, principalmente com relação às pessoas com deficiência e cita como exemplo o mau estado das calçadas e rampas nas ruas e a ausência de provadores nas lojas.

Lúcio Flávio ressalta que a população brasileira é composta por 24% de pessoas com algum tipo de deficiência, mas este mesmo percentual do transporte público não é equipado para atender este seguimento.

Animais soltos nas ruas

Seja em bairro periférico ou central, não é difícil encontrar em ruas da terra da energia  pessoas e carros disputando espaço com animais, tanto de pequeno como de grande porte.

Além de Cães e gatos, vivendo em vias públicas há vacas, cavalos, jegues, cabras e até porcos também são encontrados abandonados. A presença constante de animais de grande e pequeno porte nas ruas de Paulo Afonso tem preocupado e irritado a população. Em um meio rural, tal cena seria até compreensível, mas na zona urbana isso é revoltante. Cadê o órgão responsável pelo recolhimento desses animais? Será que ainda existe um órgão em Paulo Afonso que faz esse tipo de serviço?Moradores, principalmente do centenário cobram da Câmara de Vereadores, da prefeitura municipal e das entidades de trânsito uma solução urgente para problema.

Material de construção e entulho

Quem pensa que a calçada é um espaço destinado apenas aos pedestres se enganou. Em Paulo Afonso, os pedestres são obrigados a trafegar pela pista, disputando espaço entre os veículos, devido às calçadas estarem ocupadas com carrinhos de supermercados, mesas, cadeiras, entulhos e material de construção. Quem costuma circular por estes locais reclama da falta de espaço e pede providências para que as calçadas sejam liberadas. Revoltados, pedestres reclamam do risco de ter que trafegar por estes locais, andando na pista.

Material de construção e entulho, muitas vezes toma à calçada e parte da via pública, impedindo o livre trânsito de pedestres e veículos. Não é de hoje que os entulhos derivados da construção ou das reformas é motivo de reclamação para os moradores. No centro, a prática de colocar resíduos sólidos da obra no meio das vias públicas está se tornando abusiva.

Diversas reclamações estão sendo feitas de ruas e calçadas que se tornam intransitáveis tanto por pedestres como por condutores, que, além de estarem tomadas por entulhos, abrigam também parte do material de construção da obra.

Além dos entulhos nas calçadas a prefeitura deveria se preocupar também em fiscalizar os restaurantes que privatizaram o passeio público.

Onibus estacionado há mais de 30 dias na Manoel Novaes ocupa 50% da rua

Veículos de passeio mal estacionados, nas ruas Otaviano Leandro de Moraes, Landulfo Alves, São Francisco, Santo Antonio, Avenida Getúlio Vargas e em outras ruas movimentadas da cidade, atrapalham a circulação de automóveis. Na Rua Manoel Novaes, o motorista de um ônibus estacionou seu veículo, há mais de 30 dias, na rua, como se o local fosse uma garagem privada, tomando 50% da via impedindo que  carros e motos circulem pelo lado direito da rua. Para poder passar, os veículos têm que ir para a contra mão, com o risco de causar acidentes.

Da Redação, com informações de Luiz Brito