Poluição sonora na cidade de Paulo Afonso sem solução

A população se manifesta através de denúncias de todos os tipos, mas a maioria é por causa dos carros de som. Moradores sempre cobraram ações praticas das autoridades, solicitando policiamento e até mesmo o fechamento de bares que não respeitam o horário de funcionamento

Moradores da Avenida Getúlio estão incomodados com a poluição sonora produzida por bares que funcionam na avenida e região. Tamanha revolta é com relatos estarrecedores de casos de poluição sonora na cidade de Paulo Afonso sem solução ou expectativas de que a situação seja melhorada.  Para o radialista Luiz Brito, o respeito ao espaço alheio encontra-se em deterioração nos casos de perturbação sonora, que vai muito além dos sons gerados por bandas que tocam ao ar livre. São carros de propaganda volante e sons automotivos que atravessam a madrugada e começo do dia, gerando barulho durante toda a semana, principalmente nos finais de semana e nos feriados.

Segundo o radialista Luiz Brito, “percebe-se que ainda falta muita informação por parte dos órgãos fiscalizadores, em esclarecer para a população a que lugares deve-se procurar para pedir ajuda para amenizar a situação ou denunciar casos de poluição sonora. Há muito empurra-empurra entre órgãos e autoridades sobre quem é o verdadeiro responsável na hora de autuar, orientar e/ou aplicar multas relacionadas à poluição sonora”. “Afinal, vamos ter que apelar pra quem para combater a poluição sonora em Paulo Afonso”, questiona o cinegrafista Zé Carlos. Nesse relato é possível ter uma ideia do que acontece com moradores da Getúlio Vargas  que sofrem com a poluição sonora gerada por estabelecimentos comerciais, “é um verdadeiro filme de terror”, comenta Luiz Brito.

Segundo informa a ASCOM da prefeitura, no sábado, 24/08, uma guarnição da Guarda Municipal, realizou, em conjunto com a Polícia Militar e fiscais de postura do DEMUTRAN, blits em combate à poluição sonora, na Av. Getúlio Vargas. Na oportunidade, foram realizadas abordagens em bares no BTN II.

Busca e Apreensão

O PANotícias na noite de 30 de maio de 2013, acompanhou a operação militar realizada por policias do 20º BPM que apreendeu aparelhagens de som em bares situados na Avenida Getúlio Vargas por violação da Lei do Silêncio no centro da cidade.

Por determinação da Promotoria de Justiça desta Comarca, dois oficiais de justiça e vários policias do 20º BPM, realizaram uma Operação de Busca e Apreensão de aparelhos eletrônicos que se encontravam em dois bares no centro comercial de Paulo Afonso,[ Bar Katedral e Visual], no calçadão e na Av. Getúlio Vargas.

Segundo informações de um policial, os bares que foram notificados e tiveram as aparelhagens de som apreendidas e levados para a Delegacia de Policia e depois para o Fórum local, para reaver os equipamentos, os responsáveis pelo som tiveram que pagar uma fiança. A determinação para Busca e Apreensão nos bares partiu do Juiz de Direito Dr. Claudio Pantoja, que na ocasião era Titular do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Paulo Afonso.

Em Janeiro de 2013 – A quase inexistente ação de combate à poluição sonora em Paulo Afonso provocou reação imediata do então Juíz de Direito da 1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca local, que cobrou do 20º BPM e PMPA aumento e rigor nas fiscalizações de poluição sonora, sobretudo, nos finais de semana em clubes, bares, casas de festas e nas proximidades de postos de gasolina, onde os abusos eram cometidos.

Diante da decisão do Juiz Dr. Claudio Pantoja, a PM e a Prefeitura foram obrigados a agir de acordo com o que determina a legislação, ou seja, notificando os infratores e, até mesmo aplicando multas e fazendo apreensões.

Entre as principais reclamações, onde ocorre abuso, estão às residenciais próximas a bares e clubes e os locais de concentração de jovens. Existe um número considerável de reclamações de moradores próximo da Avenida Getulio Vargas e Praça Libaneza, locais onde pessoas se encontram para ouvir musica, ingerir bebida alcoólica e, conforme moradores, até vender e usar drogas.

Da Redação