Acordo entre Nelson Pelegrino e o senador Walter Pinheiro

 Acordo entre Nelson Pelegrino e o senador Walter Pinheiro

Em retaliação ao crescimento da candidatura de Edísio Nunes à presidência do PT de Salvador, um ex-aliado seu, o deputado federal Nelson Pelegrino, celebrou um acordo com o senador Walter Pinheiro para a disputa dos comandos estadual e municipal da agremiação. Na prática, o acordo estabelece uma nova força já de olho em 2014. Pelo acordo firmado entre Pinheiro e Pelegrino, os dois lançam uma chapa única à presidência do PT de Salvador – que, no caso de vitória, será ocupada em sistema de rodízio nos dois biênios por Edson Valadares (candidato do senador) e Marta Rodrigues (candidata do deputado) – para enfrentar Edísio Nunes e Paulo Teixeira. Eles também decidiram apoiar o nome do jornalista Ernesto Marques para o comando estadual do PT contra o militante Everaldo Anunciação, que tem o apoio das forças ligadas à pré-candidatura de Rui Costa, atual chefe da Casa Civil do governo e preferido de Wagner para a sucessão estadual.

pelegrinoAntes de anunciar o acordo com o senador, o parlamentar deu declarações, pela manhã, que levaram petistas a concluir que questionava a capacidade de Rui de liderar a disputa ao governo no grupo governista: “Nós estamos terminando um ciclo, que são os oito anos do governo do companheiro Wagner, que foi um governo que trouxe transformações e avanços importantes para a Bahia, mas nós não podemos apenas ter um candidato na nossa frente que diga que vai dar continuidade ao governo Wagner”. Resta saber como a rebeldia de Pelegrino vai chegar aos ouvidos de Wagner. Quem o conhece sabe como ele é republicano na postura, mas quando cutucado ou desafiado costuma guardar e dar o troco na hora certa. Quem viver dirá se a dose do remédio foi a mais certa.

Costura

Pelegrino costurou o entendimento com Pinheiro depois de ver rechaçada uma proposta para montar uma chapa em sistema de rodízio entre Marta Rodrigues e Paulo Teixeira. A sugestão visava derrubar o acordo firmado por Teixeira com Edísio, mas foi descartada pelo deputado J. Carlos. Uma das maiores forças individuais do PT municipal, J. Carlos é padrinho político de Teixeira e um dos mais importantes avalistas da chapa com Edísio. Convencido de que a articulação foi montada para tirar-lhe o controle do PT de Salvador, inviabilizando assim sua quarta candidatura à Prefeitura de Salvador em 2016, o deputado federal afastou-se de Gabrielli, a quem se cogitava que daria apoio pela indicação do PT a governador, e teria decidido unir-se a Pinheiro.

Tribuna da Bahia/Raio – laser

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