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Jaques Wagner diz que composição da chapa majoritária não está definida “…ainda tem muita água para rolar debaixo desse caminho …”
Em entrevista a Tribuna da Bahia o governador Jaques Wagner pontua; “Não posso ter definido a chapa como um todo porque sequer a cabeça de chapa está definida, a não ser que seja do PT. Eu acho que a gente tem que se preparar para ter uma chapa mais competitiva. Não dá para a gente ficar organizando o jogo de acordo com o nosso interesse porque a vida real não é assim”, sinaliza o governador.
Tribuna – Rui Costa é o favorito do senhor?
Wagner – É que Rui Costa talvez, dos nomes que estão colocados aí, é a pessoa com quem eu tenho maior tempo de relação. É nesse sentido que as pessoas identificam. Mas tenho uma relação excepcional com (Luiz) Caetano, com (José Sérgio) Gabrielli, com (Walter) Pinheiro, então não tem nenhum problema. O pessoal fala de Rui porque está há mais tempo no time, desde o Sindiquímica, desde o Polo Petroquímico, me ajudou como articulador político no primeiro governo e está me ajudando agora, tocando as questões da execução. Efetivamente, é um nome, como todos. Pinheiro já foi secretário do Planejamento e teve um desempenho bom, Gabrielli carrega a qualidade de ter gerenciado uma empresa do porte da Petrobras. Caetano tem a favor a experiência que teve no Polo Petroquímico. Então, repare, você vai achar defeitos e qualidades em todo mundo e vai ter uma hora, óbvio, que eu tenho conversado com a presidenta Dilma e com o ex-presidente Lula, a gente não faz as coisas desconectado deles, mas eu quero ver se dá até essa semana – eu tive um probleminha com essa viagem, depois tive que ir ao Rio por uma questão mais familiar – para começar a conversar com os quatro para ver se a gente pode bater o martelo. Mas eu estou sentindo que as pessoas sabem que é importante ter um caminho de unidade dentro do partido.
Tribuna – O presidente do PP, Mário Negromonte, disse recentemente que o senhor já havia definido a composição da chapa. Tem fundamento essa declaração?
Wagner – Não posso ter definido a chapa como um todo porque sequer a cabeça de chapa está definida, a não ser que seja do PT. Evidente que se você for fazer uma escolha por dimensão de cada partido, os três maiores partidos são PT, PSD e PP. Nesse sentido, se for essa a única lógica do jogo da montagem da chapa, poderia dizer que está bom. Se é por tamanho, são os três maiores partidos, então estaria montada por, assim dizer, a chapa. Mas eu acho que ainda tem muita água para rolar debaixo desse caminho. Todo movimento nosso aqui vai depender também do movimento em nível nacional. Os partidos ainda não têm a definição em nível nacional, então querer precipitar essa questão… É óbvio que o que o Mário falou não está desprovido, é uma referência dizer: “qual é a referência?”, “pelo tamanho dos aliados”. Então são esses três maiores, depois viria o PDT. O PDT reivindica porque tem o senador João Durval, que é senador e foi parte da majoritária em 2006. O PP também reivindica.
Tribuna – Então como acomodar os quatro partidos da base (PT, PDT, PSD e PP), numa chapa que só tem espaço para três?
Wagner – Por isso que eu digo que a gente tem que conversar muito para, na hora que tomar uma solução, uma decisão, pelo menos alguém não vai gostar, mas as pessoas podem entender como é que isso foi escolhido. Aí é o ofício da política e aí a obrigação é minha, como coordenador, de conversar com todo mundo. Primeiro porque eu acho legítimo ter pretensão em política. Quem disser que está na política e não tem pretensão, para mim está mentindo. É lógico que o PDT quer estar, o PP quer estar, o PCdoB quer estar, vários partidos querem, o PSD quer estar. Todo mundo tem pretensão na política e eu acho natural. Tem o jogo do PSB, que a gente não sabe exatamente como vai desenrolar, como é que o PSB daqui vai se comportar. Da Tribuna