Empresário baiano e mais seis pessoas são presas em operação contra sonegação fiscal

O empresário foi preso dentro de casa, no condomínio Le Parc. A polícia também realizou buscas na sede da empresa Armazém Top Auto, em Pirajá

Acusados de cometer crimes contra a ordem tributária, sete integrantes de uma quadrilha foram presos durante uma operação simultânea em cinco estados brasileiros. Entre eles estão um empresário e um contador baiano, presos dentro de casa na manhã desta quinta-feira (21).

A quadrilha era liderada por um empresário no Pará e contava com a participação de um outro empresário e de um contador baiano, além de ter integrantes nos estados de Sergipe, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A polícia estima que o grupo causou um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Intitulada operação Minotauro, a ação atua com uma força-tarefa formada pelas secretarias da Fazenda (Sefaz), de Segurança Pública (SSP), a Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) e o Ministério Público Estadual (MPE). Ela ainda irá cumprir 9 mandados de prisão, totalizando 16 pessoas presas, além de 10 mandados de busca e apreensão nos cinco estados brasileiros.

Na Bahia, o empresário envolvido no esquema foi preso dentro de casa, no condomínio Le Prac, no bairro da Paralela. O contador também conduzido pela polícia para a sede da Dececap, em Piatã, onde a dupla está presa à disposição da Justiça.

Dos outros cinco mandados de prisão, dois foram cumpridos no Pará, um no Rio de Janeiro, outro em Sergipe e em Minas Gerais. A força-tarefa da operação Minotauro também realizou buscas na sede da empresa Armazém Top Auto, em Pirajá, envolvida com as ações praticadas pela quadrilha.

Ainda de acordo com a Sefaz, o valor de crédito reclamado em nome das empresas chega a R$ 6,2 milhões. A investigação teve início quando uma fiscalização da secretaria constatou indícios de interposição de pessoas na que atuam no comércio atacadista de carnes e derivados e produtos alimentícios.

Entre as práticas criminosas do grupo estavam a criação de empresas em nome de ‘laranjas’ e ‘testas-de-ferro’, abrir e fechar empresas que eram consideradas inaptas para funcionar após receberem autos de infração da Sefaz-Ba.

Eles também compravam mercadorias em outros em outros estados e escondiam a saída de mercadorias tributadas. Uma coletiva com o resultado da operação Minotauro deve acontecer no final da manhã desta quinta-feira (21).

Ainda conforme a Sefaz, 86 servidores estaduais participaram do desmantelamento da quadrilha: entre eles estão 24 servidores da secretaria da Fazenda, 40 da SSP-Ba, 19n da SSP do Rio de Janeiro, assim como três promotores de Justiça do Ministério Público baiano.  Correio