“Royalties” ainda esperam pelos votos dos deputados na Assembleia estadual

 “Royalties” ainda esperam pelos votos dos deputados na Assembleia estadual

Após as festas de Réveillon, 43 deputados surpreenderam ao comparecerem ao plenário da Assembleia Legislativa, ontem, para iniciar a primeira votação do ano, com mais de 20 projetos, entre eles, dois considerados essenciais pelo governo: a peça orçamentária para 2014, que indica a previsão dos investimentos públicos para o estado nas principais áreas, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que trata da antecipação dos recursos dos royalties do petróleo, cerca de R$400 milhões até 2018.assembleia legislativa

A apreciação do parecer da relatora da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputada Maria Luiza Láudano (PSD), foi barrada pela oposição que, além de prometer entrar com uma liminar contra, fez o pedido de vistas. Uma nova sessão está prevista para acontecer na terça-feira, dia 07.

“Isso não é problema. Se houver acordo, tudo bem, mas, se não houver, nós vamos votar do mesmo jeito. A oposição faz a sua parte e nós fazemos a nossa”, disse para a reportagem o líder do governo, Zé Neto (PT).

Conforme já antecipado, há uma tentativa de uso da verba dos royalties para cobrir o rombo da Previdência estadual, previsto para R$ 2,3 bilhões para 2014. Ontem, os oposicionistas voltaram a usar da estratégia de obstrução e contestaram a proposta. Eles rebateram o argumento de que o déficit teria sido deixado pelo governo de Paulo Souto (DEM).

O vice-líder da bancada, Carlos Gaban (DEM), disse que ao contrário do que teria dito o líder do governo, quem antecipou R$ 400 milhões junto à Caixa Econômica à época do processo de privatização da Embasa foi o ex-governador César Borges (PR), integrante da base estadual do governo petista, e quem devolveu o recurso foi o ex-governador. O democrata destacou ainda que Souto foi elogiado quando, no último ano de seu governo, colocou R$ 450 milhões para capitalizar o Fundo de Previdência (Fundprev).

O deputado Bruno Reis (PMDB) pediu que a base comprove que o dinheiro antecipado pela Caixa foi pago pelo atual governo. “Se o governo conseguir provar que o dinheiro foi pago por essa gestão, a oposição aceita votar a PEC sem qualquer tipo de manobra regimental. Se o governo não conseguir provar, retira o projeto. O desafio está feito”.

O líder governista reacendeu o debate ao dizer que Souto se eximiu do processo, se referindo a uma “herança maldita”. “Ele vem se colocando como se não tivesse nenhuma responsabilidade no processo. Essa é uma situação que vai cair também no colo do prefeito ACM Neto, pois é nacional. Paulo Souto não tem autoridade nenhuma para falar que o problema é do governo Wagner. Nós resolvemos, em grande parte, o problema da previdência em todo estado. O Baprev é um fundo de saneamento nas contas das prefeituras”.  Tribuna

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