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Repassando impostos
Ninguém gosta de pagar imposto. Você gosta de ser convencido, agir de dentro para fora, agir com a alma aberta para o próximo. Mas imposto é imposto. Uma definição de um dicionário nos dá conta que é algo “forçado sobre você”. Claro, ninguém gosta disto; nem você, nem eu.
O radical do latim impostus, variante de impositus, sobrevive em algumas línguas ocidentais, de forma que impost, em inglês, significa uma carga imposta, uma obrigação, um dever; aquilo que é exigido de você (tax é o termo usado corriqueiramente para imposto em inglês).
Imposto é pesado, irritante, osso duro de roer. A matéria está ficando pesada e o leitor vai sendo tentado a desistir da sua leitura. Então, vamos dizer que os impostos servem para que os incumbidos da sua gerência nos propiciem, com a sua aplicação racional, melhores condições de vida. Os canadenses (com uma carga tributária ligeiramente maior que a nossa) pagam os seus impostos com um sorriso nos lábios. O Canadá é um país quase perfeito. Quanto mais longe a região do Canadá da fronteira americana, mais ela parece perfeita.
Assim sendo, a segurança, os serviços de educação e saúde, o deslocamento urbano, os serviços de previdência, nos são garantidos pelos impostos. A conclusão é que deveríamos pagar impostos daquela maneira que os canadenses pagam. Ainda mais quando sabemos que os nossos concidadãos menos favorecidos não afundam e perecem exatamente por causa dos impostos que todos pagamos.
Este parágrafo sobre a lisura dos administradores do dinheiro arrancado do nosso bolso, a conveniência, prioridade e parcimônia da sua aplicação, vou deixar para a imaginação do leitor. Vá pensando, leitor, sobre o que poderia ser dito aqui sobre a aplicação dos impostos no Brasil.
Os empresários pagam muito imposto. A carga no Brasil não corresponde logicamente à quantidade e à qualidade da aplicação dos impostos. Os empresários pagam, isto é, repassam. Eles simplesmente repassam as taxas impostas que deixamos cotidianamente nos seus estabelecimentos embutidas no preço da mercadoria ou do serviço prestado. Nada, absolutamente nada contra os empresários. São eles que enfrentam as vicissitudes e a concorrência e nos fazem ver o progresso e o desenvolvimento do Brasil.
No Texas (não vi isto na Flórida nem em Massachusetts), o imposto é pago na hora e no balcão para que o contribuinte sinta que está pagando e se torne mais responsável na vigilância da aplicação do imposto.
Em 2014, teremos eleições majoritárias. Vamos observar, meditar, e vamos tentar votar nos melhores candidatos. Que escolhamos os que tenham as melhores propostas para o bem de nós todos e que tenham demonstrado competência e responsabilidade na aplicação dos nossos impostos.
Por Francisco Nery Júnior