Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Suspeito de lançar rojão que atingiu cinegrafista trabalha em hospital
Secretaria de Saúde diz que ele é auxiliar de serviços gerais no Rocha Faria. Prisão temporária foi expedida pela Justiça do Rio na segunda-feira (10).
O suspeito de lançar o rojão que atingiu o repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, durante protesto no Centro do Rio, na quinta-feira (6), é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada pela Secretaria estadual de Saúde na tarde desta terça-feira (11). Segundo a Secretaria, Caio Silva de Souza, de 23 anos, é auxiliar de serviços gerais.
Foto
A Polícia Civil divulgou a foto de Caio nesta terça-feira. De acordo com a polícia, é ele quem aparece nas imagens registradas por fotógrafos e cinegrafistas usando calça jeans e camisa cinza suada.
Policiais da 17ª DP (São Cristóvão) realizavam, por volta de 11h30, buscas em diferentes regiões do estado, inclusive na Região dos Lagos, na tentativa de cumprir o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça na segunda-feira (10). Veja a decisão judicial no final da reportagem.
Segundo a polícia, Caio Silva de Souza é considerado foragido já que não foi localizado em seus endereços.
O rapaz tem quatro passagens pela polícia – duas delas por envolvimento em ocorrências de tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil do Rio. No entanto, a corporação esclareceu que ele não chegou a ser indiciado (por isso não possui anotações criminais), já que as suspeitas não foram confirmadas. As ocorrências relacionadas a tráfico de drogas foram registradas na 53ª DP (Mesquita) e na 56ª DP (Comendador Soares), ambas na Baixada Fluminense, onde mora o suspeito.
Em relação à participação em protestos, Caio tem outras duas passagens pela polícia. Uma por ter sido vítima de agressão, outra por um crime de menor potencial ofensivo, ainda de acordo com a polícia.
O rapaz foi identificado após ajuda de Fábio Raposo, que confessou ter participado da ação e está preso desde domingo (9). Em depoimento, Raposo disse que Caio tem um perfil violento e que eles se conheciam apenas de outros protestos.
Investigação
O delegado Maurício Luciano, que conduz as investigações, disse que levou uma foto do suspeito para Fábio Raposo, que está à disposição da Justiça, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ele reconheceu o autor do disparo. Os dois vão responder por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar –, pelo uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão. Se condenados pelos crimes, a pena pode chegar a 35 anos de prisão. Do G1 Rio