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Governo anuncia corte de orçamento e crescimento menor para 2014
O cumprimento desse objetivo é acompanhado com toda a atenção pelo mercado financeiro. É um termômetro do compromisso do setor público com suas contas.
O governo anunciou nesta quinta-feira (20) um corte no orçamento – e a meta de economia para 2014. O cumprimento desse objetivo é acompanhado com toda a atenção pelo mercado financeiro. É um termômetro do compromisso do setor público com suas contas.
Nem o Ministério da Fazenda escapou. “Assim é a vida. Nós temos que fazer sacrifícios”, disse o ministro Guido Mantega.
O orçamento do governo, que passa de R$ 1 trilhão, vai ser cortado em R$ 44 bilhões este ano.
Boa parte – R$ 13,5 bilhões – virá de uma reestimativa de despesas da Previdência e da desoneração da folha de pagamentos e outros subsídios.
Das emendas ao orçamento feitas por parlamentares virão outros R$ 13,3 bilhões.
No orçamento dos ministérios, o corte vai ser de mais R$ 10 bilhões. O Ministério da Defesa teve a maior perda de receita: R$ 3,5 bilhões. E até o Programa de Aceleração do Crescimento – o PAC – teve a previsão de gastos reduzida em R$ 7 bilhões.
O governo diz que só não vai mexer no dinheiro para saúde, educação, ciência e tecnologia e alguns programas sociais.
O corte anunciado nesta quinta de R$ 44 bilhões é apenas uma parte do total de R$ 99 bilhões que a União quer poupar até o fim do ano com ajuda de estados e municípios.
É o chamado superávit primário, a economia que o governo faz para pagar juros da dívida pública e assim impedir que ela aumente. Mas essa meta fixada pelo governo é a menor desde 1999: 1,9% do Produto Interno Bruto – o PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante o ano.
“1,9% é um primário realista. Uma projeção bastante realista. Ela foi feita com redobrado cuidado. E nós fomos moderados na expansão da receita e muito realistas nas despesas”, comentou o ministro Guido Mantega.
O economista Alexandre Schwartsman diz que na prática, a meta fixada pelo governo é pequena.
“O governo continua aumentando gasto e vende como se estivesse cortando. Ele cortou vento e colocou no lugar dele um gasto maior do que o que a gente tinha no ano passado”, afirma Alexandre Schwartsman, economista.
Outro economista, Raul Velloso, afirma que o governo conta com o aumento da arrecadação para alcançar a meta.
“A situação é difícil, o governo não quer cortar gasto, há uma dificuldade de ele se dispor a cortar gastos. Aí, só se busca a velha solução do lado da receita que quase sempre é difícil de realizar, principalmente depois de muitos anos em que só isso é feito”, destacou Raul Velloso, economista.
Para o ministro da Fazenda, as medidas anunciadas nesta quinta vão favorecer a economia.
“A mensagem que nós estamos dando é que nós continuamos nossa trajetória de solidez fiscal, de modo que nossas contas públicas possam continuar bastante sólidas e mantendo uma trajetória que vem ocorrendo há algum tempo”, completou Guido Mantega.
O governo reduziu de 3,8% para 2,5% a previsão de crescimento da economia brasileira este ano. Jornal Nacional