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Avanços sociais e econômicos da Bahia são destaque no Fórum Nordeste
Estado brasileiro que mais reduziu a pobreza nos últimos anos, a Bahia registra recordes na geração de empregos, graças a investimentos em áreas como infraestrutura e formação profissional que favorecem a atração de empresas e indústrias. Os dados atualizados foram apresentados pelo governador Jaques Wagner na terça-feira (15), em Salvador, na segunda edição do Exame Fórum Nordeste.
Durante painel, Wagner e outros governadores da região debateram o tema O Futuro do Nordeste: como reduzir a desigualdade e aumentar a produtividade. “É preciso trabalhar em várias frentes, melhorar a infraestrutura logística, que é fundental para o desenvolvimento, a infraestrutura humana do ponto de vista da qualificação e isso é apostar na redução da pobreza e aumento da competitividade”, disse Wagner.
Para o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, a diminuição da pobreza é um desafio. “Redução de desigualdade se faz com investimentos na produção, na logística, preparando os estados e ao mesmo tempo tirando recursos das atividades meio e colocando nas atividades fim”.
Chefe do executivo do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, destacou o potencial dos estados nordestinos. “O Nordeste é a região que mais cresce e que mais oportunidades oferece, então apresentamos o que cada estado tem feito para atrair projetos, empregos e melhorando a qualidade de vida”.
Redução da pobreza
Entre 2006 e 2012, 1.168.030 baianos deixaram a condição de pobreza. O índice de extrema pobreza diminuiu 36% em seis anos, passando de 11,6% para 7,4% da população total. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, a Bahia gerou 569.517 novos empregos de carteira assinada entre janeiro de 2007 e fevereiro desse ano. A parcela mais carente da população, os 40% mais pobres, foi a que mais obteve crescimento da renda média, que aumentou 34%.
Aumento do índice de escolaridade
Na educação, o estado aumentou 6,6 para 7,9 anos o tempo médio de estudo da população ocupada, entre 2006 e 2012. O aumento da escolaridade reflete na produtividade do trabalho graças também à educação profissional, que ampliou em 1.629% o número de matrículas. Em 2006, 4.016 jovens se matricularam em cursos técnicos. Em 2013, a rede Estadual da Educação Profissional da Bahia matriculou um total de 69.447 alunos, a segunda maior do país. No mesmo período, o número de unidades escolares de educação profissional também aumentou 397%, saltando de 34 para 169 unidades em todo o estado.
Nos últimos anos, foram criadas ainda seis universidades federais, que ajudam a diminuir as desigualdades e a formar mão-de-obra qualificada para atender à demanda de grandes investimentos, como a construção da Ferrovia Oeste Leste (FIOL), do Porto Sul, e o Sistema Viário Oeste, que viabilizarão o escoamento de parte da produção de grãos do interior do Brasil.
Os investimentos em infraestrutura na Bahia incluem a construção da Rótula da Bahia, de articulação dos fluxos econômicos, que possibilitarão a circulação de mercadorias entre várias regiões do Brasil. Parte da produção de grãos do Oeste poderá ser distribuída para o Nordeste do Brasil, assim como insumos dessa região podem ir para o Centro-Oeste e para o Sul-Sudeste do Brasil, reduzindo também os custos das exportações e importações do Centro-Oeste brasileiro pelas condições oferecidas pelo sistema multimodal da Bahia. Secom